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Três Lagoas

Alunos da rede estadual estão sem aulas a partir desta quarta

Apenas duas escolas de Três Lagoas não aderiram ao movimento de greve E.E Afonso Francisco Xavier Trannin e E.E José Ferreira

A partir de hoje começa a greve dos professores e funcionários da rede estadual de ensino do Mato Grosso do Sul. Em Três Lagoas, das treze escolas do município, onze aderiram à paralisação da categoria.

Hoje, acontece uma Assembleia na sede da Sinted, na ocasião serão definidos os nomes dos representantes de Três Lagoas que vão integrar a Comissão de Greve, e todo cronograma da mobilização.

As duas instituições que não haviam confirmado a greve, até o fechamento desta edição, foram as escolas estaduais Afonso Francisco Xavier Trannin, no distrito de Arapuá e José Ferreira, no bairro Jupiá.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Três Lagoas (Sinted), ambas as escolas não aderiram à greve, porque alguns professores estão em período de estágio probatório e temem a retaliação do governo. Porém, uma comissão de greve irá visitar as duas escolas, com objetivo de não fragmentar a paralisação.

Quanto à ação de acampar em frente à sede do governo, que foi anunciada na semana passada pela Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems), a categoria vai aguardar até o final desta semana, um posicionamento do governador, caso isso não aconteça a partir da próxima semana, a Fetems promete reunir mil pessoas por dia para montar barracas na governadoria estadual, em Campo Grande.

Uma delegação com 20 professores e funcionários da rede estadual de Três Lagoas viajará para Campo Grande, reforçando o grupo de manifestantes.

O Sinted entregou segunda-feira e ontem uma carta destinada aos pais e responsáveis de alunos, explicando o motivo da paralisação. Segundo Maria Diogo, presidente do Sinted de Três Lagoas, todos os alunos têm o direito às 200 horas aula e as aulas serão repostas. “Se a greve perdurar por muito tempo, os alunos vão repor todas as aulas perdidas, é um direito deles”.

Cerca de oito mil alunos deverão ficar sem aulas enquanto durar a paralisação. “Precisamos ressaltar que essa greve não é política . Foi deliberada em 90% das bases sindicais do estado, que votaram favoráveis. Isso demonstra que a nossa categoria não está nem um pouco contente com a situação atual”, finalizou a presidente.

REIVINDICAÇÕES

Os trabalhadores da educação reivindicam o pagamento dos 10,98% de reajuste, a porcentagem que falta para integralizar os 25,42% conforme assegura a Lei 4.464/2013, o pagamento de 1/3 da hora-atividade, estabelecido pela Lei complementar 165/2012 e um reajuste aos funcionários administrativos da educação, que possuem sua data base em maio.

GOVERNO

O governador Reinaldo Azambuja disse que as conversas sobre o reajuste salarial da categoria continuam, mesmo com a recusa da proposta do governo de dobrar o salário dos professores até 2022 – com a primeira parte do reajuste de 4,34% em outubro de 2015. Esse ano, a categoria já contou com reajuste de 13,01%, dado em dezembro de 2014 como antecipação a data base de maio de 2015.

“Infelizmente estão querendo politizar essa questão, mas nós vamos continuar tratando os professores com responsabilidade, pois o governante tem que ter responsabilidade de propor algo possível e que dê para cumprir”, disse o governador.