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Após 20h na UPA Covid, paciente fica em ambulância do Samu à espera de vaga em hospital

Paciente deu entrada na UPA Covid com pressão alta e dor no peito

Homem fica uma hora dentro de ambulância esperando por vaga em hospital - Alfredo Neto/JPNews
Homem fica uma hora dentro de ambulância esperando por vaga em hospital - Alfredo Neto/JPNews

Um homem de 42 anos que sofre de problemas cardíacos e hipertensão esperou por mais de uma hora por atendimento médico dentro de uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) na noite desta quinta-feira (22) em Três Lagoas.

O paciente deu entrada na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro Vila Carioca na noite de quarta-feira (21) com a pressão arterial elevada e fortes dores no peito, a vítima relatou que não sabia que a UPA do Vila Carioca, era exclusivamente para pacientes com suspeita ou casos positivos de Covid-19, devido as dores foi até a unidade onde recebeu atendimento médico e foi internado para avaliação médica.

Após mais de 20:00 internada na UPA (Covid) a recebeu a informação que seria transferida para o Hospital Auxiliadora, por ter estrutura e médicos especialistas em cardiologia, mas chegando no local a transferência não foi aceita pelo risco do paciente ter contraído Covid-19, pela exposição ao vírus em um ambiente de alto risco e a transferência necessitar ser para o setor Covid do H.A, que não tinha vagas no momento.

Durante o impasse a regulação do Samu optou por enviar a vítima para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento), unidade de apoio na Clínica da Criança. Na unidade que serve para atendimento de média complexidade também foi preciso da paciência do homem de 42 anos e da equipe de socorristas do Samu, pois a unidade não tem estrutura para cuidar de um paciente com risco cardíaco e por não ter local adequado para manter o paciente minimamente isolado pelo risco de contágio do Coronavírus.

Após um longo tempo de espera e nada resolvido entre o Hospital Auxiliadora e a Secretária Municipal de Saúde, o médico plantonista que atendia na Clínica da Criança (UPA de Apoio) recebeu o paciente, para  que o mesmo não ficasse sem acompanhamento médico até que as autoridades entrassem em um acordo. Depois de informar os riscos ao paciente pelo tempo de exposição em uma área de alto risco de contágio e que na Clínica da Criança haviam crianças, idosos e pacientes com outras patologias passando por atendimento, o homem finalmente conseguiu entrar na unidade onde ficou em um quarto sendo acompanhado por um médico até sua transferência ser aceita no Hospital Auxiliadora.