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Três Lagoas

Área central sofre com falta de arborização

Segundo Canela, a derrubada de árvores no Município foi controlada

Ausência da consciência ambiental, este é o principal motivo para a derrubada de árvores no perímetro urbano, principalmente na área central. A visão é do secretário municipal de Meio Ambiente, Cristovam Canela, ao ser questionado sobre a ausência, cada vez maior de árvores no centro de Três Lagoas. “É um problema cultural, muitos comerciantes, não todos, mas muitos, se preocupam mais com a fachada de seus estabelecimentos do que com o meio ambiente. É um problema cultural, mas que já foi bem pior”, destaca.
Segundo Canela, a derrubada de árvores no Município foi controlada. Hoje, para se retirar uma árvore, o interessado deve fazer um requerimento junto à secretaria, que irá definir, por meio das justificativas apresentadas, se a retirada será aprovada ou não. “Além da nossa fiscalização, a população também passou a denunciar. Recebemos chamadas de derrubadas de árvores constantemente, às vezes o cidadão até possui a autorização, mesmo assim, a secretaria agradece ao denunciante”, enalteceu.

REARBORIZAÇÃO

Paralelo ao controle das derrubadas, para tentar reverter o quadro dois projetos foram lançados no ano passado e estão em funcionamento até hoje. O primeiro é o “Projeto Adote uma Árvore”, em que servidores municipais plantam a muda e adubam para o interessado, que só terá o trabalho de jogar água. As mudas também são escolhidas de acordo com o tipo de área a ser plantada.
Já o segundo é o “Amigo da Natureza”, projeto desenvolvido em parceria com o hospital regional da Unimed, em que a cada nascimento, a mãe recebe uma árvore com o nome da criança. Com esses dois projetos, o Município estima ter plantado, efetivamente, em torno de 1,2 mil novas mudas. “Também replantamos mudas em todos os canteiros e em torno do Exército”, comentou.
Neste ano, o Meio Ambiente também iniciou um projeto inusitado. Dois estagiários da secretaria percorreram toda a avenida Filinto Muller para, de porta em porta, oferecer uma muda de árvore. Porém o resultado não foi dos mais animadores: de pouco mais de 60 pessoas consultadas, apenas 20 aceitaram que os funcionários replantassem mudas nas calçadas. Aos dois estudantes, as alegações para não receber as mudas foram as mais variadas, explica Canela, mas sem entrar no mérito das “desculpas”. “Isto porque iríamos plantar e adubar. O morador só teria o trabalho de fornecer molhar”, disse.
Mesmo assim, o projeto também será levado ao Centro, nem que a Lei tenha de ser aplicada. “Na verdade, gostaria que esse processo se desse de maneira harmoniosa, sem que houvesse a necessidade de uso da Lei, mas ela existe”, disse. A lei citada por Canela está prevista no Plano Diretor do Município, em que exige a arborização nas calçadas.
Além disso, a Secretaria de Meio Ambiente também já recebeu carta branca para rever a lei de municipal de monitoramento da vegetação. Segundo Canela, o objetivo é deixar a lei mais rígida, com multas mais altas. A Lei Federal de Crimes Ambientais prevê multa de R$ 500 por árvore derrubada sem autorização.