Veículos de Comunicação

Editorial

As mães da pandemia

A maternidade e tudo que ela representa está arraigada como sagrada na mentalidade humana. Presenteá-las é o mínimo

O Dias das Mães, incorporado ao calendário brasileiro no segundo domingo de maio por ato do presidente Getúlio Vargas, na primeira metade do século passado, faz parte das homenagens da sociedade às mães desde sempre. Cada um a seu modo, os povos sempre homenagearam a maternidade e, nos tempos modernos, a data ganhou forte conotação comercial, na medida em que presentear as mães passou a ser praticamente um ritual.

Há os que condenem mais uma data que estimula o consumo. Há os que, independente dele, cuidem de homenagear as mães em vida ou em memória. Certo é que a maternidade e tudo que ela representa, desde a origem da vida até o carinho, afeto e dedicação na formação dos filhos e na estruturação da família, está arraigada como sagrada na mentalidade humana.

E, nestes tempos de pandemia, mais que nunca ela se faz presente, ativa e determinante.

As mães dos tempos de pandemia, estão em casa com seus filhos cujas aulas foram suspensas, estão nas favelas zelando pelos mais velhos, mantendo protegidos todos. No trabalho em casa, desdobram-se para enfrentar a nova realidade, e a vocação de proteger a vida termina sendo levada às consequências que os dias atuais exigem.

Mais que nunca as mães, portanto, merecem homenagens e respeito.

Mulheres de seu tempo, vivem a nova realidade, integram-se aos novos hábitos e seguem adiante atendendo ao chamado sublime da missão que incorporam como nunca.

Presenteá-las é o mínimo. Expressa gratidão, alegria e reconhecimento. E, mesmo quando o presente não é possível, a singeleza de gestos de carinho e afeto cobrem o dia de homenagens, fazendo justiça a elas.

Aos recalcitrantes que só vêem um dia de consumo, não custa lembrar que presentear expressa homenagem, reconhecimento e agradecimento, mas também gera emprego e move a economia. Ainda que, para o coração de mãe, uma flor seja o bastante, elas merecerão sempre mais que isso.