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Três Lagoas

Aterro sanitário será inaugurado no dia 5 de novembro

Na área, adquirida na administração passada, foram investidos mais de R$ 4,62 milhões

O aterro sanitário, obedecendo à legislação ambiental em vigor, será finalmente inaugurado no dia 5 de novembro, em horário ainda a ser divulgado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente. A informação é do titular da pasta, Cristóvam Lages Canela.

Cumpridas todas as exigências legais, o aterro sanitário já recebeu licença operacional, expedida pelo Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul). Obra semelhante existe apenas em Dourados. Nem a Capital possui ainda aterro sanitário, obedecendo às normas de preservação do meio ambiente.

Na obra, executada pela Financial Ambiental, a mesma empresa responsável pela coleta do lixo doméstico urbano, foram investidos R$ 4.621.837,63 e demorou quase quatro anos para ficar pronta.

Segundo o projeto base da Financial o aterro foi planejado para um período de cinco anos (na primeira etapa) e na fase final (segunda etapa) para um período de mais cinco anos. Ele está localizado na altura do km 9,5 da MS-395, estrada que liga Três Lagoas a Brasilândia, trecho recentemente federalizado e agregado à BR-158.


Segundo dados da Financial Ambiental, diariamente são coletadas mais de 90 toneladas de lixo doméstico em Três Lagoas.

ATERRO

O aterro sanitário é um espaço destinado à deposição final de resíduos sólidos gerados pela atividade humana. No local serão dispostos resíduos domésticos, comerciais e de serviços de saúde.

Um aterro sanitário é constituído por um sistema de drenagem de efluentes líquidos percolados, mais conhecidos como chorume, acima de uma camada impermeável de polietileno de alta densidade (PEAD), sobre uma camada de solo compactado para evitar o vazamento de material líquido para o solo, evitando assim a contaminação de lençóis freáticos.

O chorume, passa por caixas de drenagem e é recirculado (reinserido ao aterro) causando assim uma menor poluição ao meio ambiente. “Esse chorume passará por três caixas específicas de decantação, uma espécie de círculo vicioso, transformando-se num material inerte à natureza”, explicou o secretário de Obras, Getúlio Neves da Costa Dias.

Segundo o engenheiro ambiental da Financial, Fabiano do Amaral Carvalho, o funcionamento do aterro sanitário proporcionará diversos benefícios para a Cidade: “Além de obedecer às normas e resoluções ambientais, o lixo não terá mais contato com o ar, com o solo e com a água”, afirmou.

A obra completa durou mais de três anos. “A obra durou todo esse tempo pelo processo burocrático de licenciamentos e a ausência de dinheiro disponível de uma vez só. Dispomos de recursos próprios do município”, explicou Getúlio Neves.

Há mais de 10 anos numa área de 65 hectares, adquirida pelo Município, foram jogados lixos de forma descontrolada, sem nenhum tipo de tratamento, apenas cobertos por terra. Seis hectares da área total estão coberto de lixos soterrados, com mais de seis metros de profundidade. Neste local, a Financial já adaptou drenos verticais com a função da remoção dos gases formados no interior do maciço de lixo e foi plantada uma extensa área de grama.