A sexta-feira (23) foi marcada pelo incentivo ao conhecimento científico. O Departamento de Ciências Naturais da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), promoveu durante todo o dia de ontem apresentação de trabalhos científicos, por meio de jogos e atividades didáticas.
Aproximadamente 100 alunos do curso de Biologia apresentaram trabalhos de pesquisa e aprendizagem em diferentes áreas. De acordo com a coordenadora do evento, professora doutora, Maria Elisa Rebustini, esta é uma oportunidade para alunos de diversas escolas conhecerem os trabalhos desenvolvidos pela universidade. “Para os alunos do nosso curso de licenciatura em Ciências Biológicas esse contato com outras pessoas é fundamental. Graças a esse envolvimento, além das apresentações, eles [alunos] perdem a timidez de falar em público. Também considero importante divulgar o que a universidade tem feito. Aqui a proximidade entre população e universidade é um pouco distante, por isso esses eventos contribuem significativamente”, ressaltou.
Quem visitou o local pode conferir parte dos projetos desenvolvidos pela Universidade Federal. Por meio de jogos educativos, os alunos atraíram a atenção dos estudantes.
Na exposição era possível encontrar dados e desenhos de animais que são frequentes na lagoa, além de aves, informações sobre geologia, entre outros. “Temos a parte de geologia, que apresenta a parte de solos de Três Lagoas. Também trouxemos vários trabalhos que já foram apresentados em congressos. Essa é uma grande oportunidade para quem tem curiosidade. Temos parte de invertebrados, trabalhos relacionados a saneamento básico, higiene pessoal, citologia, DNA e genética molecular, biotecnologia. É uma infinidade”, destacou.
Segundo a coordenadora do evento, este foi o primeiro passo para a integração e divulgação. “Estamos analisando o interesse do público, mas posso adiantar que outras edições acontecerão. A ideia é que todos os anos a população tenha acesso ao que é executado dentro dos laboratórios da Universidade Federal. Não queremos que esse aprendizado se acumule apenas lá”.
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APRENDIZADO
De acordo com os alunos do grupo de aprendizagem, o trabalho sobre higiene pessoal, íntima e corporal foi realizado em uma semana. O estudante do 3º ano, Guilherme Datorre, 20 anos, explica que o projeto “Biologia na Lagoa” é importante para o aprendizado em sala. “O Brasil lidera o ranking no número de amputação de pênis pela falta de higiene. Acho importante informar as pessoas, principalmente as crianças e adolescentes. Eles vem, aprendem e passam a se cuidar melhor”.
A estudante, Maíra Queiroz, 22 anos, comenta que esse tipo de evento fora da universidade facilita a disseminação do conhecimento. “Eu aprendi, por exemplo, sobre essa questão de amputação. Mil amputações no país é um número grande, principalmente por uma causa tão pequena que tem como ser combatida. Nosso papel é informar e ajudar. É positivo também, pois quando saímos da universidade espalhamos as informações e aprendemos a lidar com as pessoas, além do que, o contato com diferentes pessoas sempre traz algum aprendizado”.
Visitando a feira estava a estudante do 8º ano, da Escola Estadual Afonso Pena, Fernanda Lima da Silva. Ela disse que a experiência fora da sala de aula é válida. “Sempre que tem algum evento fora a escola se empenha em nos trazer. Fora da sala é mais divertido aprender, parece que fica mais fácil. É bem mais divertido”, comentou.
