A BR-262, trecho entre Três Lagoas e Água Clara, também deverá receber ampla restauração até 2010. O projeto visa preparar a rodovia federal para o projeto de fortalecimento da economia da América Latina que está por vir: o de criação da Rota Bioceânica, que ligará o Porto de Santos a dois portos no Chile.
De acordo com o engenheiro do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT), Milton Rocha Marinho, responsável pelas rodovias federais da região, o trecho Três Lagoas e Água Clara deverá contar com um investimento na casa dos R$ 150 milhões. “A maior parte do recurso será destinada ao trecho Três Lagoas e Água Clara, onde a situação da pista é mais grave”, destacou.
Boa parte da culpa desta degradação se deve à falta de investimentos maciços na pista. Marinho explicou que a última restauração ocorreu há seis anos. Depois disso, apenas o serviço de conservação foi mantido. “É uma pista boa, mas não é confortável”, disse.
Do mesmo pensamento, compartilha o diretor regional do DNIT, Marcelo Miranda. No começo do mês, ele admitiu que o trecho está muito aquém do necessário para um projeto da proporção como o da “Rota Bioceânica”. “De Campo Grande a Água Clara já foram feitos acostamento, terceiras faixas. Mas de Água Clara até Três Lagoas ainda é deficitário”, avaliou.
No projeto de reestruturação, que deverá ser concluído ainda neste mês, estão previstas obras de melhoria de pavimento, reduzindo as trepidações; retirada dos afundamentos da pista em passagens de nível; padronização do acostamento para 2,5 metros em cada pista, hoje boa parte destruídas pela ação do tempo e das chuvas. “Atualmente, temos acostamentos do km 12 ao km 137, porém estes não foram implantados de acordo com o padrão federal, já que quando feita a obra, a rodovia ainda era estadual”, explica.
Além disso, no mesmo projeto está prevista a criação de uma terceira faixa, do km 70 ao km 78, para a melhoria no fluxo de veículos.
O projeto foi elaborado para que a pista agüente o fluxo de veículos pesados. A expectativa é que a BR 262 também conte com balanças para pesagem dos caminhões.
PAC
Todos os reparos serão custeados por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o que para Marinho representa uma garantia a mais para a execução da obra. “Como está previsto no PAC, não haverá problemas de orçamento quando o projeto for concluído”, assegurou.
O engenheiro informou que a obra não tem previsão para iniciar, no entanto, o DNIT está concentrando forças para que o projeto seja aprovado e o processo de licitação seja aberto ainda neste ano.
“A intenção do DNIT é iniciar todas essas obras [BR 262 e BR 158, hoje MS 395] sejam iniciadas ainda neste ano, para que até 2010, todas as rodovias do Estado estejam em boas condições de tráfego”, concluiu.
Além da 262 e da futura 158, trecho de Três Lagoas a Brasilândia, o DNIT estuda ain da obras na BR 267, entre Nova Andradina e Bataguassu – o trecho foi considerado o 6º pior do Brasil pela revista Quadro Rodas -, BR-163, entre Sonora e Campo Grande (projeto em fase de elaboração) e BR-359, entre Coxim a Alcinópolis, por meio de uma parceria com o governo do Estado. Ainda na BR-262, no trecho entre Anastácio e Corumbá, serão investidos R$ 200 milhões.
