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Três Lagoas

CAGED: Três Lagoas ainda não conseguiu sair do ?vermelho?

O índice de empregos deste ano permanece negativo

Pelo terceiro mês consecutivo, Três Lagoas fechou com saldo positivo em geração de empregos formais, porém ainda permanece “no negativo” do acumulativo do ano. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Demitidos (Caged), nos oito primeiros meses do ano, Três Lagoas registrou um percentual negativo de 1,55%.

O mercado de trabalho da Cidade encerrou agosto com um saldo líquido de 103 postos de trabalho a mais e uma variação relativa de 0,48%. Ao todo, foram 1.187 admissões contra 1.084 demissões.

O índice apresenta uma pequena queda em relação ao mês passado. Desde quando voltou a ter saldos positivos, o Município conseguiu os seguintes as seguintes variantes relativas: 0,48% em junho, com saldo de 102 admissões, e 0,86%, em julho, com saldo de 185 admissões – o melhor índice registrado até o momento.

No entanto, os dados do Caged mostram que os três meses de recuperação ainda não foram suficientes para o mercado três-lagoense sair do “vermelho”.

Atualmente, Três Lagoas precisa gerar mais de 300 postos de trabalho se quiser sair do “negativo” por completo. No acumulativo deste ano, a Cidade teve um total de 9.823 admissões contra 10.162 demissões (339 vagas fechadas), o que resultou em um percentual negativo de -1,55%. Pelas estatísticas de evolução de empregos, a Cidade aparece em primeiro lugar entre os municípios com mais de 30 mil habitantes e que permanecem no negativo neste ano. Em segundo lugar ficou o município de Corumbá, com 224 demissões a mais que contratações. Naquela cidade foram registradas, durante o ano, 2,725 admissões contra 2,949 demissões, e Naviraí, com 5.673 admissões contra 5.867 demissões, saldo negativo de 194 postos de trabalho.
Entre as cidades com melhores índices até agosto deste ano, estão: Campo Grande, em primeiro lugar, com saldo positivo de 3.481 admissões a mais que demissões, e Dourados, em segundo lugar, com 2.162 empregos gerados a mais.

No acumulativo dos últimos 12 meses, o desempenho de Três Lagoas foi ainda pior. Ao todo, foram 15.677 admissões contra 18.600 desligamentos, num total de 2.923 empregos a menos e uma variante de 13,36% negativos. Neste ponto, o término das obras de construção das fábricas da Fibria (antiga Votorantim Celulose e Papel) e International Paper pode ter influenciado no resultado.

Ainda conforme dados do Caged, Três Lagoas lidera o ranking dos sete municípios com índices negativos de geração de emprego no período de um ano. Atrás da Cidade das Águas, aparecem Corumbá (4.165 admissões e 4.711 desligamentos, saldo negativo de -546); Paranaíba (3099 admissões contra 3.611 demissões, saldo -512) e Naviraí, com saldo negativo de 197 postos de trabalho a menos. Nos últimos 12 meses, a geração de empregos também ficou no vermelho nos municípios de Coxim (143 demissões a mais que contratações), Nova Andradina (223) e Ponta Porã (82).

Pelos dados, Campo Grande e Dourados são os municípios que apresentaram os melhores índices de contratações neste mesmo período. Em 12 meses, a Capital de Mato Grosso do Sul contratou 93.826 trabalhadores e demitiu 89.728, num saldo positivo de 4,1 mil pessoas a mais inseridas no mercado de trabalho. Dourados aparece em segundo lugar, com um saldo de 2.320 novas vagas (22.115 admissões contra 19.795 demissões). Embora em menor proporção, Aquidauana também conseguiu manter-se no saldo positivo. No mesmo período foram 1.516 contratações contra 1.352 desligamentos, um saldo de 164 vagas a mais. Os municípios apresentados a cima foram os três únicos a manterem bons índices de contratações no período de um ano entre as cidades analisadas pelo CAGED.

RADAR INDUSTRIAL
Apesar da redução de vagas, a indústria de transformação continua sendo o setor produtivo responsável pela maior parte dos empregos gerados neste ano no Estado. Segundo levantamento do Radar Industrial da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (Fiems), que também é baseada nos dados do Caged, de janeiro a agosto deste ano, a indústria de transformação gerou 14.646 empregos no Estado. Caso comparado aos índices de outros estados, o número de contratações coloca MS na 4ª posição em geração de empregos neste setor. Quanto á variação relativa sobre o estoque de empregos formais existentes, o Estado teve saldo ainda mais positivo, continuando com a 2ª maior variação (7,27%).
Ainda de acordo com a Fiems, MS apresentou um saldo liquido de 1.887 postos de trabalho no mês passado. O número representa uma elevação equivalente a 21% sobre o saldo obtido ao mês anterior. Este foi o melhor resultado para um mês de agosto nos últimos cinco anos.
Em termos absolutos Mato Grosso do Sul apresenta a 12ª maior expansão do emprego formal em 2009 – 14.646 novas vagas -, já em termos relativos o Estado tem a 5ª maior expansão, equivalente a 3,95% sobre o estoque de empregos verificados ao final de 2008.