Veículos de Comunicação

Três Lagoas

Caminheiros munidos contra DSTs e Aids

Motoristas participaram de pesquisa promovida pelos acadêmicos da UFMS

Os caminhoneiros que entraram, ou saíram, do Estado utilizando o Posto Fiscal de Jupiá, ontem (30), seguiram viagem munidos contra as DSTs e a Aids. Nesta quinta-feira, o Programa Municipal de DST-Aids realizou a 5ª edição da “Campanha do Caminhoneiro”, em Três Lagoas.

A mobilização, que visa conscientizar a classe de profissionais sobre o uso do preservativos, teve início às 7 horas da manhã e se estendeu até às 17 horas.

Tendas foram montadas ao lado do posto fiscal para atendimento aos caminhoneiros. No espaço, os motoristas encontraram postos volantes de vacinação, aferição de peso e pressão arterial, orientação sobre Aids e DSTs e Centro de Testagem Ambulante (CTA).

Conforme a coordenadora de Imunização, Miriam Girata, das 7 horas até o início da tarde, cerca de 70 caminhoneiros que pararam no posto fiscal foram imunizados. Durante a campanha, todas as vacinas de rotina foram disponibilizadas, entre elas: Hepatite B, Febre Amarela, Rubéola e Antitetânica.

Além da imunização, os caminhoneiros também passaram pela triagem e por uma pesquisa sobre qualidade de vida, promovida pelos acadêmicos do Programa de Educação Tutorial (PET), do curso de Enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Segundo a Tutora do Grupo Pet, Sônia Regina Jurado, são 24 questões que visam traçar um perfil dos caminhoneiros do Brasil.

Enquanto a equipe de reportagem estava no local, cerca de 130 caminhoneiros já haviam respondido ao questionário. A meta do grupo, fundado em janeiro deste ano e entre os 11 existentes em todo o País, era de 200 entrevistados. Após a pesquisa, os participantes recebiam orientação e o kit do DST Aids. O brinde, uma forma de atrair os caminhoneiros, é composto por uma toalha de rosto, material informativo e preservativos masculinos.

A iniciativa foi aprovada pelo caminhoneiro Sebastião José dos Santos Neto, 40 anos. Ele vinha de São Paulo, capital para fazer uma entrega em Campo Grande quando parou no posto fiscal. “A pressão estava um pouco alta, mas isto é de família, todos em casa têm”, disse. Questionado se já havia procurado a um médico, ele respondeu: “E dá tempo?!”. Em relação aos preservativos, o caminhoneiro informou que irá deixar no caminhão, caso haja necessidade.

O caminhoneiro Jairo Souza Akino, 27 anos, também aprovou a iniciativa. Há apenas quatro meses na profissão, ele saiu do interior paulista e seguida para a cidade de Aquidauana. Esta foi a primeira vez Akino que viu uma campanha neste sentido, no entanto, na hora de falar do kit que ganhou ele rebateu: “Só vou usar com a minha esposa [risos]”. Ao todo, o Programa DST-Aids entregou em torno de dois mil kits.