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Três Lagoas

Carros ficam atolados na estrada boiadeira

Segundo moradores, no domingo (18), 20 carros ficaram atolados

Acúmulo de terra, aliado as fortes chuvas que aconteceram durante a semana passada e final de semana transformaram parte da estrada boiadeira em um caos para motoristas, ciclistas e pedestres. Próximo ao Núcleo Rural da Apae, a estrada está tomada pelo barro e intransitável para quem vêm de ambos os lados. Segundo moradores, a situação se estende há anos e piorou recentemente, com a passagem da máquina.

A situação na manhã de ontem (19) era de revolta por parte de alguns moradores. Marilza Cristina Ferreira sofre há cinco anos com a situação. “Desde quando viemos morar aqui a prefeita disse que colocaria iluminação e asfalto. Ela até fez uma reunião na minha chácara, prometeu isso, mas até agora nada foi feito. O que vocês estão vendo aqui é constante. A gente ajuda como pode, mas a situação não pode ficar assim. Até tento alertar os motoristas para não passarem, mas muitos se arriscam e acabam ficando no meio da estrada”, ressaltou.

Moradores comentaram que a situação piorou depois que a prefeitura passou a máquina na estrada. “Desde que começaram a mexer aqui a situação piorou e muito. Eles poderiam jogar cascalho ao invés de ficar colocando essa terra solta. Fica tudo fofo e os carros atolam mesmo. Até penso que eles fazem isso na intenção de melhorar, mas acabam prejudicando”, disse Sebastião Ribeiro Martins, morador da região.

Rubens Rossi contou que na madrugada não pode dormir. “A situação é tão caótica que durante a madrugada inteira um carro ficou acelerando, pois não conseguia sair do lugar. Nem sei como ele saiu. A gente ajuda como pode, mas aqui é difícil. No sábado até contei quantos carros ficaram atolados e o número chegou a 20. De cinco anos que moro aqui esse foi o período que vi mais carros atolarem”, enfatizou.

Os moradores fazem mutirão para ajudar quem se atreve a passar. José dos Santos achou que não ficaria atolado e se arriscou, o resultado foram algumas horas até conseguir tirar o carro do lugar. “Eu achei que o carro passaria, mas não consegui. Muita gente até tentou me ajudar, mas só sai com a ajuda do ônibus. Se não fosse por eles, continuaria aqui. Foram mais de duas horas tentando com outros carros e arrebentando cordas, só o ônibus teve força para tirar o carro daqui”.

Depois que o carro conseguiu sair às crianças finalmente seguiram a caminho da Apae.

O secretário de Obras, Getúlio Neves, disse que não estava a par da situação. No Departamento Obras e Serviços (DOS), o escriturário, Walter Camargo informou que a patrola passou pela região há uma semana. “Mexemos naquela região, patrolamos o local há uma semana. Não sabíamos que a situação estava assim. Vamos comunicar ao diretor e tomar providências já que as chuvas devem continuar”, informou.