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Caso de estupro seguido de feminicídio ganha mais um autor e segundo envolvido está preso

Segundo suspeito de cometer o crime foi identificado pela vítima da tentativa de estupro no Vila Haro

Segundo suspeito de participar do estupro e morte de Suana está preso e foi identificado como autor de tentativa de estupro no domingo - Divulgação
Segundo suspeito de participar do estupro e morte de Suana está preso e foi identificado como autor de tentativa de estupro no domingo - Divulgação

O segundo suspeito de ter participado do estupro seguido de feminicídio na manhã de quinta-feira (7), foi preso após o suspeito cair várias vezes em contradições e ser reconhecido pela mulher de 45 anos como o autor da tentativa de estupro ocorrido na madrugada de domingo (3) no bairro Vila Haro, região a 500 metros de onde ocorreu o feminicídio, em Três Lagoas.

João Batista Eller Alves de 25 anos, chegou a ser preso por participação no estupro e morte de Suana Albuquerque Corrêa da Silva que tinha 40 anos, mas devido as versões dadas pelo suspeito que o colocava fora do local do após a hora do crime, a investigação conduzida pela delegada Nelly Macedo, necessitou um trabalho mais minucioso, para conseguir chegar até a verdade dos fatos.

Um casal de viciados em drogas contaram a Polícia Civil, que teriam entrado na construção para usar drogas e junto com eles estaria a vítima identificada por Suana e um homem apelido de Boiadeiro, segundo o casal, eles teriam testemunhado o estupro e feminicídio, cometido por Boiadeiro.

Ao acompanhar os investigadores do SIG (Setor de Investigações Gerais) e da DAM (Delegacia de Atendimento a Mulher), avistaram Boiadeiro a 150 metros do local do crime e avisaram a polícia que prendeu Boiadeiro identificado como Edinaldo Aparecido Martins 39 anos, Boiadeiro estaria sob efeito de drogas e não reagiu a prisão, com Edinaldo foi encontrado o celular que seria da vítima escondido dentro da cueca e em seu corpo havia vários arranhões, claro sinal de defesa de uma vítima de violência sexual.

Edinaldo (Boiadeiro) foi questionado sobre o estupro e a morte de Suana, mas negou em primeiro momento, disse que estaria no local com a vítima, com quem teria negociado um programa sexual e consumo de drogas, ambos acompanhados de  João Batista Eller Alves, que também participaria do programa sexual. Boiadeiro relatou que após um desentendimento com João Batista, ambos entraram em luta corporal e Edinaldo foi embora, deixando os dois.

A Polícia Civil foi até a casa de João Batista Eller Alves, e o questionaram sobre o paradeiro de sua esposa que seria outra mulher (não sendo a que havia sido morta e estuprada) e copiosamente João Batista, passou a chorar demonstrando dor pela morte da mulher, como a vítima ainda não havia sido identificada e acreditando que João era esposo da mulher assassinada, os mesmos estranharam o homem saber da morte se a pergunta era sobre o paradeiro.

Para os policiais João Batista disse que teria passado a noite com a esposa em uma casa abandonada, quatro quarteirões de sua casa e por volta das 5h saiu do local para comprar pão e catar latinhas, quando chegando em sua casa, acabou abordado pela polícia.

Um investigador da Polícia Civil mostrou uma foto do cadáver de Suana para a cunhada de João Batista Eller Alves, que negou ser a esposa do João e que naquela manhã 5h a mesma havia passado por lá, descartando que a vítima fosse esposa de João Batista.

Tempos depois a Polícia Civil conseguiu descobrir a verdadeira identidade da vítima que se tratava de Suana Albuquerque Corrêa da Silva, e que a vítima morava no Novo Oeste, para onde os militares foram e encontraram o verdadeiro esposo de Suana na residência. Para os investigadores o homem reconheceu o corpo da esposa por fotos e disse que a mulher teria saído de madrugada e por ambos serem coletores de recicláveis, ele teria achado que a esposa havia ido trabalhar.

Ainda em interrogatório com a esposa de João Batista, foi perguntado se ela havia passado a noite com ele em uma construção, a mulher disse que não e que teria visto o marido as 22h do dia passado ‘no caso, quarta-feira (6), e desde então, não viu mais o marido. A mulher foi perguntada se já havia sido agredida e violentada por João, a mulher disse que agredida sim, mas que nunca houve abuso sexuais da parte dele, com ela, mas que ela já teria escutado pessoas dizerem que ele gostava de abusar sexualmente de mulheres.

Na construção em que João citou ter pernoitado com a esposa, vizinhos disseram que a última vez ter visto a mulher com João naquele local, teria sido na terça-feira (5) e depois disso, só nesta quinta-feira (7) que João havia sido visto sair sozinho só local.

Questionado sobre a morte de Suana Albuquerque, João disse que não saberia responder, mas que o crime teria sido cometido por Boiadeiro com toda certeza, pois quando ele saiu do local, teria deixado a Suana na companhia de Edinaldo Aparecido Martins e que duas testemunhas afirmaram ter visto Edinaldo no local do crime e não ele, além de Edinaldo (boiadeiro) ter sido pego com o celular da vítima e ter arranhões no corpo.

De fato no depoimento, o casal não relatou a presença de João Batista Eller Alves, mas achando estranho ele de imediato saber que a polícia estava tratando de uma morte e tentar de toda forma usar a esposa como bode expiatório, a Polícia Civil achou estranho e decidiu pela detenção de João Batista Eller Alves até que novos fatos, fossem acrescentados no inquérito.

Achando estranho a proximidade do estupro seguido de feminicídio, ser próximo de onde dias atrás, uma trabalhadora havia sofrido uma tentativa de estupro por dois homens. A delegada Nelly Macedo, solicitou a presença da vítima que conseguiu escapar dos estupradores e a vítima conseguiu reconhecer João Batista Eller Alves, sem sombra de dúvidas como um dos homens que teria abusado dela na madrugada de domingo (3) na rua Rogaciano Garcia Moreira, no bairro Vila Haro.

João Batista Eller Alves de 25 anos recebeu voz de prisão por tentava de estupro e também irá responder pelo estupor e assassinato de Sunara Albuquerque Corrêa da Silva, junto com Edinaldo Aparecido Martins o boiadeiro.