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Três Lagoas

Catadores de lixo não desistem e pedem retomada ao lixão

Segundo os catadores, desde que foi desativado o lixão, a sobrevivência vem do lixo que conseguem encontrar na rua

A manhã de segunda-feira foi marcada por plantio de mudas, posse de servidores e também reivindicações do grupo de catadores de lixo reciclável. A manifestação aconteceu na manhã de ontem, enquanto a prefeita, Simone Tebet, empossava os novos agentes de saúde.

Quando se dirigia a inauguração da lixeira de coleta seletiva, na praça Ramez Tebet, a prefeita foi recebida com  manifesto. O protesto tinha como grito “Queremos trabalhar!”. Com faixas e camisetas pintadas, o grupo solicitou a colocação de uma prensa no interior do novo aterro sanitário.

Simone explicou inviável liberar a colocação da prensa. No momento em que conversava com os catadores enfatizou as reuniões e as possibilidades de emprego fora do lixão. “A viabilização dos empregos continua por meio do Ciat. É só procurar que vamos conseguir. Mas, no lixão não há mais possibilidades. Mesmo que eu quisesse. Essa é uma realidade que vai atingir todos os municípios brasileiros. Colocar a prensa no aterro é inviável, pois além dela é necessário uma estrutura que ainda não consta na programação”, explicou.

Os catadores disseram que não vão desistir e prometem cobrar providências. Segundo a catadora, Eunice Nogueira, está muito difícil manter os filhos.

“Antigamente eu não tinha que pedir comida. Tirava meu sustento do lixo. Por mês conseguia quase mil reais. Agora não consigo nem R$ 150. Nós vamos continuar cobrando”, disse.

Quando questionada sobre a possibilidade de trabalhar em outro lugar Eunice foi clara. “Não quero ir para outro lugar. Quero continuar no lixão. Tirar meu sustento de lá”.