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Risco

Centro de Zoonoses recebe 250 cães com leishmaniose visceral

Do total de animais, 160 foram sacrificados, segundo o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Três Lagoas

Em pouco mais de dois meses deste ano, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), de Três Lagoas, recebeu 250 cães com leishmaniose visceral canina. Desses, 160 foram sacrificados. Os demais estão em tratamento. No ano passado houve 1.092 casos da doença na cidade.  

Segundo o coordenador do órgão, Cristovan Bazan, cães doentes vão para a eutanásia com autorização do dono. “Tem pessoas que optam pelo tratamento dos animais. E nem todos vão para a eutanásia”, informou.

O tratamento não era recomendado pelo Ministério da Saúde até 2013, até uma autorização judicial. “Existem muitas controvérsias em relação ao tratamento. O Ministério da Saúde liberou, desde que não utilize medicamento humano. Na linha veterinária não tem nenhum medicamento que na bula fale que é para tratamento da leishmaniose. O Conselho Regional de Medicina não aceita o tratamento. Nós seguimos o protocolo do Ministério da Saúde, ou seja, cão positivo com leishmaniose, e que o proprietário quer fazer a eutanásia, fazemos”, disse.

De acordo com o último Censo Canino, Três Lagoas tem cerca de 18 mil cães. A leishmaniose é uma doença infectocontagiosa causada por um protozoário, conhecido como Leishmania, e é transmitido pela picada do mosquito flebótomo. É considerada zoonose e pode acometer humanos.

HUMANO 
Nesta semana, a Secretaria Municipal de Saúde confirmou o primeiro caso de leishmaniose em huma deste ano. O paciente é homem de 29 anos, morador do bairro Santa Terezinha. Depois do tratamento, recebeu alta e passa bem.

Ainda de acordo com o Departamento de Vigilância e Epidemiologia, 19 casos suspeitos da doença foram notificados neste ano na cidade, e todos descartados. Em 2015, houve uma morte e nove casos em humanos.