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Monkeypox

Com 5 casos da varíola dos macacos em MS, Três Lagoas está em alerta

Três Lagoas notificou dois casos suspeitos; uma mulher de 29 anos e um homem de 33 são os pacientes em investigação

As ocorrências sinalizam alerta para os municípios do interior do Estado - Agência Brasil/Arquivo
As ocorrências sinalizam alerta para os municípios do interior do Estado - Agência Brasil/Arquivo

Após dois anos de pandemia da Covid-19, uma nova doença já gera alerta entre as autoridades sanitárias. Desta vez, trata-se do surto da varíola dos macacos. Em Mato Grosso do Sul, cinco casos já foram confirmados e estão sendo monitorados por técnicos do Ministério da Saúde. As ocorrências sinalizam alerta para os municípios do interior do Estado. Em Três Lagoas, até o momento, dois casos foram notificados como suspeitos. Tratam-se de uma mulher de 29 anos e um homem de 33 anos.

De acordo com o médico Vinícius Neves, a forma de transmissão mais comum é por meio da saliva, da mesma forma como é transmitida a gripe comum. “Mas há casos já confirmando a transmissão por via sexual, no contato pele a pele. O próprio Ministério da Saúde recomenda o uso de preservativos para quem não tem parceiros fixos e evitar relações sexuais com múltiplos parceiros”.
A infecção surge a partir das feridas, fluidos corporais e gotículas do doente. Isso pode ocorrer mediante contato próximo e prolongado sem proteção respiratória, contato com objetos contaminados ou contato com a pele, inclusive sexual. O tempo de incubação do vírus varia de 5 a 21 dias.

SINTOMAS

O sintoma mais característico é a formação de erupções e nódulos dolorosos na pele. Também podem ocorrer febre, calafrios, dores de cabeça, dores musculares e fraqueza. As lesões são profundas, bem definidas na borda e há uma progressão: começa como uma mancha vermelha que chamamos de mácula, se eleva tornando-se uma pápula, vira uma bolha ou vesícula e, por fim, se rompe configurando um crosta.

Nos casos suspeitos, a vigilância para a rápida identificação de novos casos e o isolamento dos infectados são fundamentais para se evitar a disseminação da doença. Pode ser necessário o período de até 40 dias para a retomada das atividades sociais. Mesmo que o paciente se sinta melhor, deve se manter em isolamento enquanto ainda tiver erupções na pele.

PREVENÇÃO

Nesta semana, o Ministério da Saúde emitiu uma nota técnica alertando para a importância de mulheres gestantes e puérperas utilizarem máscaras. “Considerando o rápido aumento do número de casos de MPX [monkeypox] no Brasil e no mundo, associado à transmissão por contato direto e, eventualmente, por via aérea, recomenda-se que as gestantes, puérperas e lactantes: mantenham uso de máscaras, principalmente em ambientes com indivíduos potencialmente contaminados com o vírus; usem preservativo em todos os tipos de relações sexuais uma vez que a transmissão pelo contato íntimo tem sido a mais frequente”, ressalta a nota técnica. Além das grávidas, crianças e imunossuprimidos integram o grupo de risco para doença.