Conferência discute problemas e melhorias para Três Lagoas

Identificar os principais problemas e traçar soluções e sugestões para o crescimento sustentável de Três Lagoas. Estes são os principais desafios da 3ª Conferência Municipal da Cidade, que teve início nesta semana com o tema “Cidade para Todos e Todas com a Gestão Democrática, Participativa e Controle Social”.

A abertura do evento aconteceu na noite de terça-feira (8), no Souvenir Buffet e contou com a palestra ministrada pela presidente do Conselho Estadual de Trânsito, Regina Maria Duarte (membro da Câmara Setorial de Trânsito, Transporte e Mobilidade do Conselho Estadual das Cidades de Mato Grosso do Sul); e com a presença da vice-prefeita Márcia Moura, que também responde pela pasta de Desenvolvimento Econômico.

Em entrevista ao Concórdia Notícias, o coordenador da Conferência, Otony Ávila Ornelas, diretor do Departamento de Indústria, explicou que as discussões da conferência giraram em torno de quatro eixos pré-definidos pela organização da Conferência Nacional. Entre eles, está a criação do Conselho Municipal da Cidade, cuja implantação vem sendo discutida há mais de um ano no Município. “A implantação do conselho faz parte da nova política do Ministério das Cidades, que defende a implantação das entidades em todos os municípios”, destacou o coordenador, que também está à frente deste projeto.

Conforme Ornelas, a conferência visou definir sugestões de melhorias para a Cidade, que serão apresentadas nas etapas estadual e nacional. Para isto, ele destacou a importância da participação da comunidade. “A comunidade é a que melhor conhece a Cidade em que habita. Ainda mais no caso de Três Lagoas, que vive um momento ímpar de desenvolvimento, é fundamental a participação da sociedade”, destacou.

As discussões dos participantes giraram em torno dos seguintes eixos: criação e implementação dos Conselhos das Cidades, Planos, Fundos e seus conselhos gestores nos níveis federal, estadual e municipal; Aplicação do Estatuto da Cidade e dos planos diretores e efetivação da função social da propriedade do solo urbano; Integração da política urbana no território: política fundiária, habitação, saneamento e mobilidade, e acessibilidade urbana; e Relação entre Programas Governamentais – como Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), Minha Casa e Minha Vida – e a Política de Desenvolvimento Urbano.

Conforme Ornelas, as propostas selecionadas na Conferência Municipal deverão ser apresentadas durante a 4ª Conferência Estadual das Cidades, que acontece em Campo Grande no próximo ano, e, em seguida, na etapa nacional. “Depois de passar por todas estas etapas, haverá a seleção dos melhores projetos que poderão ser revertidos em ações em prol dos municípios”, completou. Na Capital, as sugestões três-lagoenses serão defendidas por 18 delegados – representantes da comunidade e das duas esferas governamentais -, também eleitos na conferência.

A previsão é que as principais propostas definidas durante o evento e os nomes dos delegados deverão ser apresentados nesta quinta-feira (10).