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"Continuamos até a prefeita dar nosso direito", avisa enfermagem em greve

Categoria pede por adicional de insalubridade e enquadramento no Plano de Cargos e Carreiras. Movimento começou nesta segunda-feira (27)

Manifestantes protestaram em frente à prefeitura - Foto: Gerson Wassouf/CBN CG
Manifestantes protestaram em frente à prefeitura - Foto: Gerson Wassouf/CBN CG

Profissionais da enfermagem da prefeitura de Campo Grande entraram em greve nesta segunda-feira (27) pedindo por adicional de insalubridade e enquadramento no Plano de Cargos e Carreira dos profissionais. O movimento segue por tempo indeterminado enquanto a categoria espera por uma negociação com a administração pública da capital.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Públicos em Enfermagem de Campo Grande (Sinte/PMCG), Angelo Macedo, os técnicos de enfermagem e enfermeiros vão permanecer com os braços cruzados até que as reivindicações da classe sejam atendidas.

"Nós temos especificado por lei de deixar 30% do nosso efetivo atendendo na urgência e emergência. As unidades básicas de saúde terão todas as atividades de enfermagem paralisadas. Infelizmente tudo isso vai impactar a saúde da cidade, o usuário vai ter um prejuízo no atendimento mas a gente pede a compreensão. Nós não queríamos a greve, mas é nossa única ferramenta agora", explica Macedo.

Além da implantação do Plano de Cargos e Carreira, com prazo legal vencido em 31 de dezembro do ano passado, outra reivindicação é o pagamento por  insalubridade aos profissionais de enfermagem, também previsto em lei e determinado por liminar da Justiça Estadual.

Pela manhã, os grevistas se mobilizam em frente ao Paço Municipal. "Eu trabalho na área da saúde há 15 anos e a cada dia que passa, a cada ano, eu me sinto mais desvalorizada. Nós trabalhamos sim por amor, mas nós temos família e precisamos de um salário digno. Já imaginou trabalhar 30 horas cuidando de um doente e chegar em casa, no final do mês, ganhando 2 mil reais? Isso a população não sabe, acham que ganhamos muito. A população precisa estar com a gente, uma saúde pública mais valorizada resulta em um atendimento humanizado melhor", desabafa a ténica de enfermagem da capital, Lucilene dos Santos.

O Sinte reúne cerca de 1.500 profissionais entre técnicos e enfermeiros da rede pública de saúde, na Capital.