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Três Lagoas

CRASE: Um sonho de ensino

Mais do que reforço escolar e atividades, no Crase as crianças são preparadas para a vida

Quem passa pela avenida Clodoaldo Garcia e vê o Centro de Referência Assistencial e Educacional (Crase- Coração de Mãe) talvez não se dê conta da grandiosidade que ultrapassa o prédio de arquitetura moderna e cores vibrantes. A estética externa chama atenção, mas é do lado de dentro que ocorrem as transformações sociais. A parte interna não é apenas uma estrutura que comporta inúmeras salas e uma infinidade de projetos. Diariamente, mais de 1,5 alunos depositam sonhos e objetivos de vida naquele espaço.

Um desses sonhos é de Murilo Souza Dias, 14 anos. Ele é um dos alunos atendidos vindos da rede estadual.  Murilo foi remanejado do projeto SOS Criança, e conta que procurou o projeto para ser encaminhado ao Crase. “Quando eu fui para o SOS já sabia que depois de um tempo viria para o Crase. Eu sabia que aqui teria aulas de violão e é por isso que eu vim”.

O garoto conta que o incentivo veio do padrinho e que não é apenas a aula de violão que faz com que ele mantenha a frequência. “Meu padrinho sempre me incentivou a frequentar aulas. No SOS eu brincava bastante, mas aqui a gente tem sempre tarefa, além de muitas atividades. Eu vim pelo violão, mas percebi que aqui ainda existem outras possibilidades. Eu gosto muito de capoeira e artes. Tive muitas oportunidades e fiz várias apresentações. Eu gosto de violão desde os oito anos. Agora minha meta é ficar aqui até ir para o Projovem, pois penso aprender mais sobre computação”.

Cada pedaço do espaço respira alegria e vitalidade, e é sentido no olhar e sorriso dos colaboradores. Claudete Monteiro Coelho, recepcionista do Crase, é uma das 77 colaboradoras que torna o ambiente ainda mais especial. A qualquer momento em que uma pessoa entre no Crase, o sorriso de satisfação de quem realmente faz o que gosta é estampado automaticamente. “Eu amo trabalhar aqui. Sempre trabalhei com pessoas. Esse é o meu destino, pois eu gosto de gente. Para mim, a maior alegria é poder ajudar, conversar. Me realizo como profissional estando entre pessoas e vendo que posso fazer diferença, de alguma forma. Quando a gente faz o que gosta não vê o dia passar. Muitas vezes até esqueço que tenho casa”, brinca ela com um sorriso largo.

A matéria especial completa você encontra na edição impressa do Jornal do Povo deste sábado (7).