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Três Lagoas

Criança de um ano é espancada e queimada em Três Lagoas

Criança passará por exames, pois os pais são portadores de HIV

Um menino de um ano, completados na última quarta-feira, dia 14, foi brutalmente espancado, e os suspeitos das agressões são a mãe do garoto, de 17 anos e seu companheiro.

O Conselho Tutelar teve conhecimento do fato, nessa segunda-feira, 19, após ter sido acionado pela Assistente Social do Hospital.

A mãe deu entrada no hospital alegando que o filho apresentava um inchaço no braço, mas as funcionárias desconfiaram da versão porque o menino apresentava muitos hematomas pelo corpo.

Após fazer o exame de raios-X foi diagnosticado que a criança tinha o braço direito quebrado em dois lugares, além de machucado na cabeça e queimaduras de segundo grau no braço esquerdo.

Questionada em relação aos machucados, a mãe justificou que o braço da criança foi queimado, porque um médico na cidade de Castilho (SP) havia orientado o procedimento para curar um bicho geográfico no braço do menino.

O caso foi acompanhado pela conselheira tutelar Miriam Herrera Hamed. Em conversa com a mãe, ela percebeu que a todo o momento a progenitora entrava em contradição, por fim a mulher confessou ter queimado o braço do filho.

Quando perguntada em relação ao pai da criança, a adolescente disse não ter contato, pois o ex-marido era usuário de drogas. Fato que foi desmentido.

De acordo com Mirian, atualmente, o pai da criança mora em um sítio a 12 km de Três Lagoas, onde trabalha e não tinha conhecimento das agressões. Ele afirmou que há dois meses não sabia do paradeiro do filho. O Conselho Tutelar passou a guarda da criança para o pai por meio de um termo de responsabilidade mediante compromisso. O caso foi encaminhado para Defensoria Pública.

PROBLEMÁTICA

Devido às contradições ditas a todo o momento pela mãe, o caso está sendo investigado. A adolescente de 17 anos morou há seis anos em um abrigo, porque o pai está preso e a mãe é usuária de drogas. A tia assumiu a guarda da jovem, mas desde novembro a garota desapareceu.

A jovem morou com o pai da criança durante um tempo, mas fugiu do local com outro homem. Depois disso foi morar em um assentamento, na casa dos pais do seu atual marido na cidade de Castilho, porém a adolescente não soube dizer o nome e endereço do seu companheiro e sogros.

A criança vai passar por exames, pois os pais são portadores de HIV. Segundo o pai, a mãe fez tratamento durante toda a gravidez para não transmitir a doença para criança, mas não se sabe ao certo se o menino foi infectado.

Ao Jornal do Povo, o pai da criança disse ter ficado chocado ao ver o filho no hospital.  “Nunca imaginei ver meu filho assim, não sabia que ela [mãe] seria capaz de fazer isso. A última vez que vi meu filho quando ela foi pegar ele de volta dos meus braços, ele agarrou na minha camiseta, como senão quisesse ir. Sempre falei que cuidaria dele com muito carinho, não tinha necessidade dessa violência”, disse o pai.

O conselho recebeu denúncia apontando que o atual marido da adolescente seria o responsável pelos ferimentos. A polícia investiga o caso. A mãe e o atual companheiro serão intimados para depor.