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Crianças com alergia ou intolerância alimentar têm cardápio adaptado

Refeições em CEIs e escolas são preparadas seguindo as necessidades da patologia de cada aluno

Refeições em CEIs e escolas são preparadas seguindo as necessidades da patologia de cada aluno - Reprodução TVC HD
Refeições em CEIs e escolas são preparadas seguindo as necessidades da patologia de cada aluno - Reprodução TVC HD

Creches e escolas municipais de Três Lagoas possuem 156 crianças matriculadas que sofrem de alguma alergia ou intolerância alimentar ou, ainda, alunos que possuam alguma doença crônica, como diabetes tipo 1, que inclui alimentos diferenciados.  Com isso, as refeições fornecidas para estes estudantes também devem ser preparadas de maneira personalizada.

Somente no Centro de Educação Infantil Prof. Neife de Souza Lima, no bairro JK, em Três Lagoas, são 268 alunos de zero a três anos de idade matriculados. Deste total, 15 deles possuem alguma intolerância ou alergia alimentar. É o caso da pequena Babi, Bárbara Bianca de Deus, de quatro anos de idade, que utiliza bolsa de colostomia desde o nascimento. “Para ela, seguimos um protocolo bastante específico dos alimentos que ela pode consumir”, explica a diretora da unidade Fabrícia Soares.

De acordo com Larissa Carvalho, nutricionista da rede municipal de educação, além da aquisição feita pela Prefeitura, as cozinheiras das creches e escolas preparam as merendas de maneira personalizada conforme a necessidade da criança. “O trabalho é individualizado mesmo porque o cardápio é elaborado para cada criança conforme a patologia. Em agluns casos, a alergia é tão severa que o preparo requer ainda mais cuidado a ponto de não poder ter contaminação pelo vapor dos alimentos”, explica.

Segundo a especialista, a maioria dos alunos possui intolerância à lactose ou alergia à proteína do leite de vaca. “Nestes casos, são fornecidos leites especiais. Mas há outras situações com crianças diabéticas e celíacas e para elas há o fornecimento de macarrão, arroz, biscoitos e farinhas integrais, que sejam produtos sem glúten e com zero adição de açúcar”, acrescenta Larissa. 

LAUDOS

A diretora da unidade escolar, Fabrícia Soares, destaca que no ato da matrícula é perguntado se a criança possui alguma doença, intolerância ou alergia alimentar. “Mas sabemos que isso pode aparecer em qualquer época do ano. Por isso, quando surge, é necessário que os pais nos enviem os laudos comprovando a doença. Precisamos de um respaldo médico que ampare e justifique a necessidade das compras de determinados alimentos e produtos industrializados específicos. Além disso, é importante que os colaboradores da escola tenham esse conhecimento para saber como lidar com aquela criança a partir do diagnóstico”, conclui.