Das 19.687 pessoas aptas a serem vacinadas contra a gripe, apenas 3.903, o equivalente a 18% do público alvo, foi imunizado no sábado, durante o Dia “D” da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe, em Três Lagoas.
A ação ocorreu nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e no Centro de Especialidade Médica (CEM), durante todo o dia, e nas imediações da feira livre, até por volta das 12h.Este ponto ficou comprometido, porque a equipe de vacinação não pode se instalar dentro da feira, por falta de barraca para proteger as vacinas da elevada temperatura, ebora, estivesse acondicionada em caixa de isopor.
Para a coordenadora do Setor de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde, enfermeira Humberta Azambuja, o número de pessoas vacinadas ficou abaixo do esperado. “Acreditávamos que mais pessoas buscariam a imunização no dia “D”. Embora esse balanço não tenha ficado abaixo da expectativa apenas em Três Lagoas, já que a ação ficou no o mesmo patamar de indíceem todo o País, ficando abaixo do esperado, continuamos com a ação até o dia 9 de maio”, informa a enfermeira.
Quem não foi vacinado no sábado, pode procurar uma das unidades de saúde ou o CEM, de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 15h.
“Estamos convocando a população para receber a dose da vacina que protege contra os três subtipos do vírus da gripe determinados pela OMS para este ano (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B). Não deixem para a última hora”, alerta Humberta.
Estão aptos a participarem da campanha, pessoas com 60 anos ou mais, trabalhadores de saúde, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), portadores de doenças crônicas não-transmissíveis, população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional e crianças de seis meses até cinco anos. Fazem parte desses grupos, um total de 24.608 pessoas, mas a meta da Secretaria de Saúde local é imunizar 80%, o equivalente a 19.687 delas.
A campanha é comandada pelo Ministério da Saúde, em parceria com os estados e municípios.
HIPERTENSÃO
No sábado pela manhã também aconteceu o Dia Nacional de Combate à Hipertensão Arterial, com o slogan “Eu sou 120×80”. A ação que aconteceu na orla da Lagoa Maior foi promovida pela equipe do Programa Municipal Hiperdia, ligado à Secretaria Municipal de Saúde. Estiveram envolvidosacadêmicos dos cursos de Enfermagem, Biomedicina, Fisioterapia e Educação Física das Faculdades AEMS de Três Lagoas. Este foi o segundo ano da ação.
Para o coordenador do Programa Municipal Hiperdia, Afrânio Azambuja, o saldo foi positivo, já que foram atendidas, aproximadamente, 130 pessoas, além de 21 acadêmicos, que prestavam apoio e foram submetidos às atividades.
Segundo o professor dos cursos de Educação Física e de Fisioterapia, Murilo Cezar de Carvalho Pereira, também organizador do evento, foram disponibilizados para a população, alguns serviços como: aferição da pressão arterial;medida da circunferência abdominal, que será utilizado como parâmetro para estudo de doenças cardíacas; verificação do percentual de gordura corporal, dentre outros.
“Além disso foi feita coleta de dados sobre a saúde física das pessoas, questionadas sobre sedentarismo, tabagismo, consumo de bebida alcoólica, existência de doenças cardíacas, se já desenvolveram doenças cardíacas, além de terem sido submetidas à medição do Índice de Massa Corpórea (IMC). Os dados finais serão usados em artigos científicos dos alunos dos cursos de Enfermagem e Fisioterapia”, explica.
Estudantes de Biomedicina também fizeram coleta de sangue para análise de doenças cardíacas. “O resultado desses exames não serão repassados aos doadores, uma vez que também serão utilizados apenas como pesquisa”, esclarece Murilo, que cita ainda a abertura de espaço para a equipe responsável pela vacinação contra a gripe.
Paralelo aos exames, também foram desenvolvidas atividades físicas, por meio de alongamento e yoga, como forma de prevenção e estímulo à prática esportiva e culto à saúde.
O coordenador do Programa Hiperdia, alerta sobre os riscos de não manter a Hipertensão Arterial (HA) controlada. “Embora algumas pessoas não tenham a real noção, a hipertensão arterial é um grave problema de saúde pública no País, sendo um fator de risco cardiovascular e acometendo de 15% a 20% da população adulta, embora ocorra também em crianças e adolescentes”, finaliza Afrânio.
