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Três Lagoas

Embriaguez ao volante volta a ser fiscalizada

A PRF aposta na intensificação das ações para a mudança de comportamento dos motoristas

Com bafômetros (etilômetro) nas mãos, policiais rodoviários federais deverão intensificar as fiscalizações de combate a embriagues ao volante em todo o Brasil. De acordo com o inspetor Sylvio Costa Jardim Neto, chefe da PRF de Três Lagoas, a operação inicia nesta terça-feira (10) em todo o País, porém, em Mato Grosso do Sul um “pré-lançamento” já ocorreu neste fim de semana.
De sábado a domingo, os policiais rodoviários federais flagraram nada menos que treze motoristas embriagados nas rodovias que cortam o Estado. Deste total, 11 foram detidos na BR 060, em Guia Lopes da Laguna, a 221 quilômetros de Campo Grande. Além disso, duas das autuações aconteceram em Três Lagoas. Uma na BR 158 e outra na BR 262. “Os dois casos aconteceram na área urbana, e foram praticados por pessoas da própria região”, explicou Sylvio. Os dois condutores, com 0,88 e 0,65 miligramas por litro de ar expelido, respectivamente, foram encaminhados à Polícia Civil para serem autuados em flagrante.
Para o inspetor, a intensificação das fiscalizações é indispensável para a mudança de comportamento dos condutores. “O nosso objetivo é incluir o uso do equipamento [bafômetro] na vida do policial e do condutor. Queremos que volte a preocupação de julho do ano passado, quando o índice de embriagues ao volante e de acidentes caíram consideravelmente por conta da implantação da Lei Seca”, destaca.
A previsão é que a intensificação se estenda até as operações Semana Santa e Tiradentes da PRF. Até lá, os policiais rodoviários federais terão algumas metas a serem cumpridas. No caso de Três Lagoas, por exemplo, a PRF determina a realização de dez testes de segundas às quintas-feiras e até 30, nos finais de semana (sexta, sábado e domingo). “Antes, as fiscalizações só estavam sendo intensificadas nas operações regulares da PRF. Com isto, os condutores estavam acostumados a, quando encerrava a operação, eles esqueciam a Lei. A nossa meta é conscientizar que aquele que estiver disposto a consumir bebidas alcoólicas não poderá beber. E isto só é possível por meio de fiscalização”, frizou.
Assim como Sylvio, a coordenadora da área de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, Rosângela Elias, defende que o comportamento prudente de beber e não dirigir oscila de acordo com a fiscalização realizada pelas autoridades competentes. “A vigilância constante muda hábitos, mas se há brechas, as pessoas acabam permitindo exceções”, reforçou Rosângela.
Em São Paulo, uma pesquisa divulgada no começo do ano apontou uma queda considerável no consumo de bebidas alcoólicas: de 28% para 8,8% dos entrevistados pela sondagem do Centro de Referencia Estadual do Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod). Para a instituição, a redução, que chega a 68%, está diretamente ligada à Lei Seca. Em Mato Grosso do Sul, ainda há poucos levantamentos sobre o assunto.
Mesmo assim, Sylvio explica que o número de acidentes tem se mantido na mesma média, desde a implantação da nova Lei. “Conseguimos manter os números, mas para nós, o ideal é que eles reduzam ainda mais”, completou.