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Três Lagoas

Entre a simpatia e a ?tara? de Alexandre Barillari

Barillari está em Três Lagoas para se apresentar durante toda a semana no Marcos Frota Circo Show

Avesso a badalações, com exceção a freqüência no carnaval de Salvador, o simpático e grande estudioso da língua portuguesa Alexandre Barillari, de 34 anos, nos recebeu no quarto do Hotel Vila Romana, onde está hospedado em Três Lagoas. Durante toda a entrevista, mostrou-se totalmente estudioso e “tarado” por Shakspeare, projeto que faz parte de seus planos futuros na execução do vídeodocumetário “Shakespeare dá Samba”; este será exibido pelo canal GNT. A denominação de “tarado” é da crítica Bárbara Heliodora, engajada no projeto com Alexandre. Bárbara encontrou no ator uma paixão comum pelo maior dramaturgo que já existiu. Ambos começam a filmar o documentário em abril com o roteiro de Miguel Falabella. As filmagens vão ocorrer em seis cidades da Inglaterra, que foram fundamentais para a criação das peças de Shakespeare. Para saber mais, acessem o site www.shakespearedasamba.com


EM TRÊS LAGOAS


Barillari está
em Três Lagoas para se apresentar durante toda a semana no Marcos Frota Circo Show. Para o ator, que concilia seus trabalhos com apresentações no circo há 12 anos, o picadeiro transcende energia metafísica com misto de alegria e satisfação. “Eu e o Marcos temos mais de uma década de parceria na revitalização do circo no Brasil”, afirmou o ator.

CARREIRA

Com oito novelas entre a rede Globo, Sbt e Record, a novela que levou o ator para os braços do público foi Salsa e Merengue da rede Globo, em 1996, quando viveu Antônio. Barillari também participou de Malhação; na novela, viveu Tadeu de 1998 ao início de 2000. Após Malhação fez uma participação rápida na novela global o Cravo e a Rosa, quando fez Edmundo. Ainda em 2000 foi para a rede Record e encarnou Aquiles na novela Vidas Cruzadas. Em 2003 ele atuou ao lado da atriz Mariana Ximenes na trama global das seis, Chocolate com Pimenta, quando deu vida a Beto. Interpretou o doutor Fábio na trama global de Aguinaldo Silva, Senhora do Destino em 2004. Mais uma vez teve papel de destaque na Globo quando se revestiu do vilão Guto em Alma Gêmea do autor e amigo pessoal Walcyr Carrasco. Em 2006, foi para o Sbt para viver Gustavo Palhares na novela Cristal. Em seguida retornou para a rede Record na pele de Ramon Fusily que transformava-se em um lobisomem na ficção Caminhos do Coração.

BATE PAPO

JPTL: Como foi o início de sua carreira artística?

Alexandre: “Minha primeira aparição na TV foi aos nove anos, na primeira versão do Sítio do Picapau Amarelo. Participei de vários episódios; fiz o Pinóquio, o João (do conto João e Maria) e em um outro fui um índio. Além disso, sempre participei de um grupo de teatro amador”.

JPTL: Quando veio o sucesso de verdade?

Alexandre: “Sem sombra de dúvidas foi quando interpretei Antônio, de Salsa e Merengue. Na trama, fui o filho da atriz Arlete Salles que tinha um buffet e um Cerimonial no subúrbio do Rio de Janeiro e fazia bailes de debutantes. Nesse período, viajei o Brasil inteiro para participar de bailes de debutantes Em que não dançava valsa e, sim, salsa, justamente como o personagem  na novela”.

JPTL: Você é formado em Arquitetura pela UFRJ, como partiu para o lado artístico?

Alexandre: “Partir para o lado artístico foi a contragosto de meus pais, não vivo de arquitetura hoje e a exerço como um hobby, é diletantismo puro. Tanto que meu apartamento no Leme (Rio de Janeiro), fui eu quem desenhei”.

JPTL: Você já passou pela Rede Globo, Sbt e Record, o que nos diz sobre “apadrinhamento” para os atores conseguirem se encaixar nas tramas, levando em conta que a maioria dos protagonistas sempre são os mesmos?

Alexandre: “Eu não chamaria de apadrinhamento e, sim, de Afinidades Eletivas, em que cada autor deseja casar a sua combinatória de palavras e a organização dos conteúdos do seu pensamento com a expressão definitiva de um ator. As afinidades existem, e cada autor tem o livre arbítrio de escolher quem acha que vai viver melhor seu personagem”.

JPTL: Quais foram as pessoas que mais contribuíram para seu crescimento pessoal e profissional?

Alexandre: “Posso dizer que Miguel Falabella e Walcyr Carrasco foram duas presenças muito fortes em minha carreira”.

JPTL: De onde surgiu essa parceria com o circo?

Alexandre: “O Marcos sempre levou colegas para o circo; nossa parceria surgiu quando fiz a novela Salsa e Merengue. Minha participação nos picadeiros completou 12 anos”. No circo, passo diversas datas comemorativas e até meus aniversários, sinto como se fosse da família, como se fosse  parte da minha vida”.

JPTL: Como analisa a programação da TV brasileira hoje?

Alexandre: “Acredito que a TV continua mostrando o que o povo quer ver. Se não existe audiência, não há investimento; e se não há subvenção, não há programação. Um exemplo claro disso é quando a Globo gasta uma fortuna na produção de um segmento cultural, como a A Pedra do Reino e Capitu, exibidos recentemente. A audiência foi um fiasco, mas foi prestigioso para o canal, o que compensa os prejuízos. Em síntese, a programação é conseqüência dos anseios de uma massa espessa que projeta na programação os seus desejos, dos sórdidos aos louváveis".

Para saber mais sobre o ator, acessem sua página pessoal na web: www.alexandrebarillari.com.br