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Escolas e creches registram falta de auxiliares nas salas

Auxiliares são fundamentais para o acompanhamento de crianças especiais.

Voltam às aulas nos próximos dias - Arquivo/ JPNews
Voltam às aulas nos próximos dias - Arquivo/ JPNews

As escolas municipais de Três Lagoas estão com falta de estagiários e pedagogos monitores, que auxiliam os professores dentro da sala de aula. Esses estudantes ou profissionais, são fundamentais para o auxílio dos alunos da educação infantil, bem como com crianças e adolescentes com necessidades especiais. 

Segundo a secretária municipal de Educação e Cultura (Semec), Ângela Maria Brito, esse processo burocrático deve ser feito pelos interessados nas vagas, bem como pela instituição de ensino que ele estuda. Como o início das aulas presenciais universitárias ocorreu apenas no início deste mês, os estagiários estão entregando, apenas agora, toda a documentação necessária para efetivar a contratação. 

“Não temos falta desses profissionais e de estagiários, pois do início do ano até agora nós estávamos com apenas 90 universitários. Mas, agora, já temos 173. Contudo, nós estamos acelerando, mais do que podemos, todo esse processo de contratação e recontratação. Portanto, não podemos pegar esses estagiários, levarmos até a sala de aula, sem que eles estejam totalmente legalizados documentalmente”, explicou.

Essa demora na contratação é alvo de reclamações, principalmente dos pais de crianças e adolescentes com necessidade especiais, como aqueles que têm o Transtorno do Espectro Autista (TEA). A dona de casa, Aldeneide Alves de Lima Pereira, tem um filho autista . Para ela, tanto a Semec, quanto à Prefeitura de Três Lagoas deveriam se preparar de forma antecipada para que esse tipo de situação não ocorra. Ela ainda afirmou que esse tipo de situação, mostra um descaso com esses alunos com necessidades especiais. “Para as crianças e adolescentes, ‘ditas normais’, as aulas presenciais já começaram. Nós já tivemos problemas no ano passado, quando em outubro teve o retorno das aulas presenciais e nossos filhos não tiveram esse direito. A explicação da Secretaria de Educação na época que não tinham estagiários suficientes para atender os alunos com necessidades. Porém, hoje, a explicação é a mesma. Eu queria saber, porque eles são tratados de forma diferente, pois têm os mesmos direitos à educação como os estudantes da escola regular”, questionou. 

A dona de casa ainda afirmou, que muitas dessas crianças e adolescentes especiais, entendem a importância da escola e questionam o motivo de não estarem indo presencialmente até ela. 

“Muitos têm a inteligência preservada, pois o tratamento – alinhado à educação , trouxe benefícios ao seu desenvolvimento. Portanto, eles questionam: ‘mãe porque não posso ir ao colégio, como os outros? Já eu também pergunto, porque eles não se preparam com antecipação e, dessa forma, atenderam a todas as crianças e adolescentes, sem preconceito ou distinção”, concluiu.