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Três Lagoas

Estudantes de Três Lagoas participam da final da Olimpíada em História

Final acontece neste sábado, 27, a partir das 13h, no Campus I da UFMS

Acontece neste sábado, 27, a partir das 13h, a fase final e presencial, da Olimpíada em História de Três Lagoas, em comemoração aos 100 anos do município. O evento educacional acontece no auditório da UFMS, situado na avenida Capitão Olyntho Mancini e envolve alunos do Ensino Fundamental (do 8º ao 9º anos) e Médio (1º ao 3º anos) e professores das redes educacionais públicas e particulares.

De acordo com informações prestadas à reportagem do programa RCN Notícias, da Cultura FM – 106,5, pelo professor de história da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), Campus de Três Lagoas, Vitor Wagner Neto de Oliveira, a Olimpíada em História de Três Lagoas é uma versão local do evento que surgiu, há sete anos, em âmbito nacional, incluindo também eventos em outras disciplinas, como é o caso da versão em matemática.

O objetivo, segundo o docente, é promover, entre professores e alunos das escolas, a necessidade da valorização história e cultura local. “Não é um projeto só da UFMS. Também conta com o apoio dos professores Dennis Rodrigo Fernandes, da Escola “Bom Jesus” e Gênesis Medeiros do Carmo, que administra a página da Olimpíada”, explica Vitor.

Participam da fase final 33 equipes de alunos, envolvendo cerca de 120 participantes e 15 professores coordenando as equipes. “No início eram 91 equipes, formadas por aproximadamente 300 alunos e 50 professores”, citou Vitor.

Para o professor Vitor, a Olimpíada é uma forma de motivar, nas escolas, o estudo da história local e regional. “Temos pouco material didático da história local nas escolas. Muitas vezes os professores têm que correr atrás para utilizar em sala de aula e, com essa olimpíada, o material reunido pode também ser usado pelos professores, em outras situações”, avaliou.

Ainda conforme Vitor, o acesso à informação sobre a história de Três Lagoas leva o aluno a sentir-se parte dessa história e assim passa a respeitar mais seu próprio espaço de vivência, como é o caso do bairro em que vive.

Serão premiadas com medalhas, as melhores equipes que chegarem ao primeiro lugar. “Não haverá apenas um primeiro lugar, já que há diferentes tipos de interpretações para a história”, avaliou.

O docente revelou que o objetivo era oferecer uma premiação mais significativa aos destaques, mas como a Prefeitura de Três Lagoas e o Estado não entraram com contrapartida significativa para a premiação, os organizadores tiveram a oportunidade de oferecer apenas uma premiação simbólica. Apenas dois patrocinadores privados prestaram apoio.  

 

O CENTENÁRIO

Para o professor Vitor, as comemorações do Centenário deixaram a desejar, principalmente no envolvimento maior das escolas no desfile. “Existe a necessidade de conhecer a história dos 100 de Três Lagoas. A história dessa comunidade é anterior à dos colonizadores que chegaram no final do Século 19. A história indígena não pode ser esquecida, pois ela deve ser contada de forma que toda a população compreenda desde do início da colonização. Essa cidade nasce do trabalho das pessoas que atuaram na construção da ferrovia, e ela cresce a partir dessa categoria de trabalhadores. Jamais deve ser esquecida essa herança dos ferroviário, por isso eles devem ter seu espaço respeitado, como é o caso da esplanada e das casas dos ferroviários”, concluiu Vitor.