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Falta de pediatras prejudica atendimento no Pronto Socorro do Auxiliadora

Falta de pediatras motivou a direção do hospital a suspender atendimento ás crianças

Desde quinta-feira, 18, o Pronto Socorro do Hospital Auxiliadora deixou de prestar atendimento pediátrico aos pacientes do SUS e convênio. Um cartaz com a informação foi fixado na entrada do hospital. Segundo apurado pelo Jornal do Povo, os médicos pediatras estão atendendo apenas os pacientes internados, ou casos de urência e emergência. A decisão ocorre por determinação da administração do hospital que acatou a solicitação dos pediatras que alegam sobrecarga de trabalho.

O hospital conta com apenas um médico para atender no plantão do hospital. Eles ficam responsáveis pelos casos de internações, têm que atender na sala de parto, maternidade, além dos casos que chegam à portaria. Segundo um profissional ouvido pelo Jornal do Povo, “é humanamente impossível um médico atender todas essas situações, sendo que, em muitas delas, merece atenção especial do profissional”

Os pediatras alegam que houve um aumento considerável no atendimento nesta área de pediatria. “Três Lagoas cresceu muito, e aumentou o atendimento nesta área. É impossível o médico atender os pacientes internados e os casos que chegam na portaria do hospital”, disse uma fonte ouvida pelo JP.

Ainda segundo apurado, os médicos pediatras acionaram o Conselho Regional de Medicina para acompanhar esta situação, já que estavam trabalhando de maneira irregular, pois em alguns casos não poderiam se ausentar para sair e atender a portaria. Atualmente, apenas seis pediatras trabalham e fazem plantão no Hospital Auxiliadora. Existem outros pediatras na cidade, mas não dão plantão no hospital. O número, no entanto, é considerado baixo. Esta realidade, porém, não é exclusiva de Três Lagoas, já que, em todo país, existe carência deste profissional.

Ontem, por exemplo, uma mãe acionou a Polícia Militar e registrou um boletim de ocorrência por omissão de socorro, porque teve atendimento negado ao seu filho. Depois disso, e de aguardar por mais de quatro horas, a criança foi internada. Em alguns casos, que não são considerados de urgência e emergência, pacientes são atendidos depois de quatro horas de espera, ou mais.

Segundo apurado pela reportagem, a direção do hospital estaria tentando trazer um pediatra de fora para atender na portaria do Hospital Auxiliadora. Em nota, encaminhada ao Jornal do Povo, o Hospital Auxiliadora informou que os atendimentos da especialidade de pediatria no Pronto Socorro estão sendo realizados a pacientes com diagnósticos de Urgência e Emergência.Casos eletivos, de baixa complexidade, o clínico geral irá atender e se achar necessário, encaminhará ao especialista.