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Três Lagoas

Falta infraestrutura no Jardim Oiti

No bairro não exitem escolas e postos de saúde

Há mais de dois anos Três Lagoas possui Plano Diretor. A Secretaria Municipal de Finanças, Planejamento e Controladoria Geral em parceria com as Secretarias de Obras, Saúde e Educação, têm neste documento o pilar de sustentação para execução de projetos que garantam qualidade de vida aos cidadãos nas áreas recém povoadas.
O secretário de Finanças, Planejamento e Controladoria Geral, Walmir Marques Arantes, reconhece que a expansão predial urbana tem reflexos imediatos. Para acompanhar esse crescimento, algumas escolas foram construídas e outras ampliadas. “Estamos preocupados com a questão estrutural como asfalto, moradias e edificações. No que diz respeito à saúde, planejamos os postos, os remédios, as clínicas, tudo para que a população não precise se deslocar do seu bairro para sanar as necessidades básicas”, observou.
Um dos bairros que já vem despertando preocupação da Administração Municipal quanto à falta de infra-estrutura é o Jardim Oiti, que não conta com escola e postos de saúde. “Aquela região tem crescido muito. Em breve vamos ter que estudar para que obras comecem a ser feitas lá para manter a qualidade de vida do cidadão três-lagoense”, disse.
Os moradores do Jardim Oiti sentem as necessidades comentadas pelo secretário. A dona de casa, Dersina Maria Miranda, 55 anos, moradora do bairro há oito anos, comenta que poucas melhorias foram feitas. “Temos um pouco de asfalto e a escola, mas em questão de saúde somos esquecidos. Todas as vezes que preciso ir ao posto, durmo na casa da minha filha, na Vila Alegre. Imagina eu que faço tratamento de pressão, nesse sol, sair daqui para poder pegar os remédios. Quando vou de bicicleta chego muito cansada, por isso sempre peço que a minha filha traga”, comentou.
Entre as reivindicações que precisam ser atendidas, o aposentado, Antônio Gonzaga da Silva, 58, há 14 anos no Oiti, ressalta que asfalto e esgoto são primordiais, além de segurança e saúde. “Se eu ficar aqui contando tudo que falta, vamos passar o dia conversando. Aqui falta asfalto, drenagem, escola para adultos, e principalmente Posto de Saúde. Quando a gente precisa tem quer ir ao Paranapungá. Acho que este é um dos bairros em Três Lagoas que menos recebe investimentos. Temos um pouco de asfalto e umas casas construídas pela administração. Na pracinha não dá nem para ficar, já que é uma concentração de ‘pessoas estranhas’. Muita coisa precisa mudar. Tem um monte de gente no bairro que eu conheço que tem vontade de estudar. Aqui precisa ter curso de alfabetização de adultos, pois só temos essa oportunidade se formos ao Paranapungá. Essa escola do bairro poderia ser melhor aproveitada”, declarou.
“Trabalhamos de acordo com a demanda. Colocar escolas nos bairros significa diminuir custos de transporte, por exemplo. O aluno não precisa se deslocar. É o caso que já acontece na escola São João, onde os estudantes do Guanabara também são atendidos”, comentou.
Entre as medidas adotadas está a preservação de área verde, plano ambiental, convergindo o planejamento junto ao Plano Diretor, afastamento entre uma casa e outra. “O nosso crescimento está pautado em normas e leis. A Secretaria notifica e multa quem insiste em descumprir as regras. Logo quando começa uma obra nossos fiscais estão atentos. Antes de construir, as pessoas devem verificar a metragem que pode ser utilizada e quanto de espaço deve deixar para escoamento da água. Elas não podem alegar que desconhecem a lei, pois quem descumpre pode ser penalizado e ter sua construção demolida”, adverte Walmir.

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