Veículos de Comunicação

Três Lagoas

Férias de família acaba em tragédia neste fim de semana

No mesmo final de semana, a corporação registrou 39 casos de auxilio à comunidade

Era para ter sido um final de semana de lazer, mas acabou em tragédia para a família de Wilson Rodrigues Lopes, de 63 anos. A vítima, residente na cidade de Pradópolis (SP), estava de férias com toda a família numa lagoa banhada pelo rio Paraná, quando acabou se afogando no início da tarde de sábado (10).
De acordo com o Corpo de Bombeiros, por volta das 13h40, todos estavam pescando quando Wilson decidiu que iria atravessar a nado o canal para pescar na outra margem da lagoa, na região da Cargill. Quando chegou praticamente no meio da lagoa ele não conseguiu vencer a correnteza e começou a se afogar. Os parentes ainda tentaram resgata-lo com vida, mas conseguiram chegar a tempo. Wilson foi arrastado até à margem, no entanto, quando os bombeiros militares chegaram ao local ele já estava sem sinais vitais.
A perícia da Polícia Civil, que também esteve no local, encaminhou o corpo do aposentado ao Instituto Médico Legal (IML). O caso foi registrado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) de Três Lagoas. Segundo o Corpo de bombeiros, este foi o primeiro caso de morte por afogamento registrado neste ano.
No mesmo final de semana, a corporação registrou 39 casos de auxilio à comunidade e dez casos de salvamento. Entre eles: seis acidentes, um incêndio em terreno baldio, uma queda, um extermínio de insetos e 30 transportes variados.

RISCOS


Em dezembro do ano passado, o comandante do 5º Grupamento do Corpo de Bombeiros, major Luiz Antônio de Mello, teve de ir á público para alertar os banhistas sobre os riscos de se aventurar em rios e córregos do Município.
Naquela época, a corporação já contabilizava 107 mortes por afogamento todo o Mato Grosso do Sul, sendo mais de onze casos registrados na primeira quinzena de dezembro. Seis dessas mortes foram em Três Lagoas, o que correspondia ao total de mortes registradas no ano anterior (2007).
“A população precisa ter consciência de que água nunca é segura. Uma bacia com água pode levar uma criança à morte, caso não tenha ninguém por perto. Os riscos aumentam ainda mais quando se trata de rios, onde há correntezas e terrenos irregulares”, dizia.
Na época, o comandante indicava o Balneário Municipal “Miguel Jorge Tabox” como o único lugar público seguro para banhistas. O local conta com salva-vidas, bóias de demarcação e todas as exigências determinadas do Corpo de Bombeiros para a segurança de banhistas. Na semana passada, o Município anunciou que iria deixar o local aberto também às sextas-feiras durante o período de férias. O horário de funcionamento é das 10 às 20 horas para visitantes. (R.P.)