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Três Lagoas

Greve: Agências particulares voltam a funcionar

Bancos Bradesco e Itaú conseguiram liminar na Justiça determinando volta dos profissionais

Quatro agências bancárias privadas de Três Lagoas voltaram a funcionar normalmente nesta terça-feira (29). Desde a manhã de ontem, as agências bancárias do Itaú, Bradesco, HSBC e Real retomaram o atendimento aos clientes. O retorno das atividades, paralisadas desde a última quinta-feira (24), por conta de greve dos bancários, foi decorrente a decisão da Justiça do Trabalho.

Conforme a presidente do Sindicato dos Bancários da Cidade, Thelma Regina Gomes Rocha Canisso, as agências do Bradesco e do Itaú entraram com pedido de liminar, que foi deferido pela Justiça. Em seguida, as outras duas agências privadas, Real e HSBC, também retomaram as atividades de atendimento ao cliente.

“Como duas agentes privadas conseguiram a liminar, houve uma pressão maior por parte das gerências das outras duas agências e os bancários tiveram de retornar”.

A presidente explicou que o Sindicato dos Bancários foi notificado da liminar logo pela manhã de ontem, quando os bancos já estavam abrindo normalmente. A alegação dos dois pedidos, conta ela, foi decorrente à alegação de que o movimento grevista estaria “impedindo” a entrada dos clientes, fato que foi negado pela sindicalista. “A nossa presença em frente às agências era para tentar convencer os clientes sobre a importância do movimento, o que é legal. Podemos fazer este trabalho. Além deste convencimento, também estávamos esclarecendo dúvidas da população e até oferecendo informações sobre outros caminhos para efetuar transações bancárias”, explicou.

O Sindicato dos Bancários informou que vai recorrer da decisão, porém, Thelma admite se tratar de um processo mais lento, “em que o resultado pode sair somente após o término da greve”.

AGÊNCIAS PÚBLICAS

Em contrapartida, o movimento grevista segue nas agências públicas. Segundo Thelma, não há previsão de retorno das atividades dos funcionários nas duas agências do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal (CEF). A estimativa que uma média de 50 a 60 bancários continuam com os braços cruzados em Três Lagoas. “Esta é uma greve nacional, mesmo com a retomada das atividades por parte das agências privadas, não deverá ser afetada. Aliás, já esperávamos estas medidas. Muitas agências pelo Brasil entraram com o pedido de liminar antes mesmo da deflagração da greve”, completou.

A sindicalista explicou que a greve segue sem data para encerrar. Nesta quarta-feira (30), a classe sindical e a direção do Banco do Brasil deverá se reunir para tratar de cláusulas específicas. Da mesma forma, uma reunião com a CEF também está prevista para quinta-feira (1º), quando também acontece uma nova rodada de negociação entre a classe e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

“Os bancos públicos, como o BB e a Caixa, possuem clausulas específicas, como planos de cargos e carreiras e outros, são necessárias reuniões específicas. Já as questões salariais e alguns benefícios são discutidos na reunião geral, com a Fenaban”, completou Thema.

Os bancários reivindicam 10% de reajuste salarial e aumento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Até a última rodada,  a contraproposta dos bancos foi de 4,5% de reajuste, PLR com valor inferior ao ano do ano passado e redução do auxílio creche de 83 meses (quase sete anos) para 71 meses, um ano de diferença.