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Hemonúcleo de Três Lagoas precisa de novos cadastros

Com menos de 5 mil cadastros, instituto realiza campanha

O Hemonúcleo de Três Lagoas promoverá na sexta-feira, da próxima semana, 6 de fevereiro, uma campanha de cadastramento de doadores de medula óssea. Será a partir das 19h, no prédio do Hemonúcleo, localizado rua Manoel Rodrigues Artez, 520.

O objetivo da campanha é de elevar o número de cadastros de doadores do município. Segundo Silvana Domingos Ribeiro, assistente de serviço de saúde, o banco de cadastros hoje é muito baixo, contando com apenas 4.820 pessoas. “Uma cidade com mais de 100 mil habitantes, ter menos de 5 mil cadastrados, é muito pouco”, salienta.

O instituto não estipula metas de novos cadastros mensais, porém é esperado que a quantidade aumente entre um mês e outro. Com esse propósito é que realizam campanhas periodicamente.

De outubro do ano passado até janeiro, o núcleo recebeu 60 cadastros novos de pessoas interessadas em serem doadoras. O motivo de poucos interessados, conforme Silvana, é justificado pela falta de informação da população. “As pessoas pensam que logo no cadastramento já farão a doação de medula, o que na verdade, é a última etapa”, esclarece.

A chance de compatibilidade entre um doador e um estranho é de uma para 100 mil doadores. Se o doador for parente de primeiro grau, a possibilidade ainda é mínima, sendo de 25%.

Conforme dados cedidos por Silvana Ribeiro, aproximadamente 25 pessoas foram doadores de medula óssea no estado do Mato Grosso do Sul, desde 2001, até este ano.

Importante ressaltar que o hemonúcleo de Três Lagoas pode receber doadores todos os dias, não só em períodos de campanha. O Instituto funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 13h.

 

PROCEDIMENTO

Para ser um doador de medula óssea é necessário comparecer ao Hemonúcleo, preencher uma ficha de cadastro e coletar uma amostra de cinco ml de sangue. O cadastro é nacional.

Se houver compatibilidade é realizado outro exame de sangue, desta vez mais detalhado, realizado no Hemonúcleo também. Os exames de sangue são enviados para o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) e é este órgão que entra em contato com o doador, se for comprovado à compatibilidade.

A última etapa é a doação da medula, feita pelo Redome.

 

PERFIL

De acordo com a assistente de serviço de saúde, as pessoas que mais se interessam em se cadastrar são jovens entre 18 e 35 anos e, os homens são a maioria.

Vale lembrar que para ser um doador é preciso ter entre 18 e 54 anos e qualidade de vida.

Ao contrário do doador de sangue, em que portadores de doenças crônicas não podem doar, no caso da medula óssea isso não se aplica, desde que o doador tenha boa qualidade de vida. É o caso de um diabético, que se possuir controle glicêmico, pode se cadastrar como um doador de medula óssea, mas não poderia doar sangue.

Conforme Silvana, quem tem ou já teve qualquer câncer, hepatite B ou hepatite C, não podem se cadastrar.