A Justiça da Comarca de Três está sobrecarregada de dezenas de processos de reintegração de posse solicitados pela Companhia Energética de São Paulo, envolvendo a área onde existem centenas de ranchos, nas margens do Rio Sucuriú. No entanto, na 2ª Vara Cível, a maioria deles tem sido julgados improcedentes.
O Jornal do Povo teve acesso a várias sentenças do juiz Paulo César de Figueiredo, onde ele faz duras críticas à empresa, lembrando que em vez de tentar entrar em acordo com os proprietários, ela tenta conseguir “despejo sumário”, sem se preocupar a situação de cada família em questão.
O juiz lembra que inclusive até pouco tempo atrás a própria empresa cobrava taxa dos rancheiros pela ocupação da área ribeirinha destinada a bacia de acumulação de águas. De uma propriedade, por exemplo, a CESP cobrou R$ 1.080,00, divididos em 10 parcelas de R$ 108,00, que foram pagas semestralmente.
