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Polêmica

Maika Nunes: 'nada e ninguém vai me impedir de ter meus filhos de volta'

Veja entrevista exclusiva da mulher que teve filhos retirados pela Justiça

Maika Luzia Gomes Romão de Almeida, conhecida por Maika Nunes, de 22 anos, negou envolvimento em um suposto atentado contra uma promotora uma promotora de Justiça de Três Lagoas – suspeita que rendeu a ela um mês na cadeia e após perder a guarda dos três filhos, de 6, 4 e 3 anos, denunciada à Justiça por mau comportamento diante das crianças, em maio de 2018. 

Quase um ano depois, deu entrevista sobre o assunto para afirmar que sempre cuidou bem os filhos. “Nunca houve motivo para eles serem tirados de mim. Sempre cuidei bem. Houve um período que passei por dificuldades para conseguir emprego e sustentá-los, mas tinha pessoas ao meu redor que ajudaram”, declarou. 

Maika, atualmente casada, contou que na época em que passou a ser monitorada pelo Conselho Tutelar, morava na casa de uma amiga. O local, segundo os conselheiros, não oferecia condições adequadas para as crianças.

Mesmo com o marido oferecendo condições financeiras, de acordo com Maika, a Justiça determinou o recolhimento das crianças e o encaminhamento para a Casa de Abrigo, de onde saíram para a adoção. Há quase dois anos, a Maika não vê dois dos três filhos. A filha mais velha, hoje com seis anos, está com o pai. “Eu a vejo todos os finais de semana. Sempre dou muito carinho e atenção. Já os outros não faço ideia de onde estão. Mas, nunca vou desistir deles. Estou buscando pelos meus filhos e nada vai me parar. Só se me matarem”, afirmou.

Revoltada com a situação, na época ela fez publicações nas redes sociais como protesto. A situação se agravou e ela foi acusada de planejar um ataque contra a promotora Ana Cristina Carneiro Dias, que atuou no processo da perda da guarda das crianças. “Eu nunca planejei nada. Não sei de onde tiraram isso. Não há provas”.  

Neste ano, nome de Maika voltou à mídia,  dessa vez, por suposto envolvimento com tráfico de drogas, investigada na Operação Themis, do Ministério Público, em janeiro. A mesma operação levou a secretária municipal de Esporte e vereadora licenciada, Marisa Rocha, para a prisão. Promotores teriam encontrado mensagens entre as duas, por celular, sobre a reversão da doação. “Ela mandou só uma mensagem perguntando se eu precisava de ajuda e que estaria disposta a me ajudar. Mas eu nem respondi. Quando eu perdi meus filhos, muitas pessoas me procuraram, se solidarizaram. Acredito que ela também, pois, eu nunca tive nenhum contato”, afirmou. 

Maika também nega ter envolvimento com drogas. Mas, confessa que na adolescência foi apreendida pela polícia por tentar levar droga para a Unidade Educação de Internação (Unei), de Três Lagoas. Revelou também que se prostituiu para conseguir alimentar os filhos, antes de se casar.

Por meio de nota, a assessoria de imprensa do Ministério Público confirmou que a promotora foi transferida para Campo Grande. Como o processo é sigiloso, o Conselho Tutelar não quis comentar o caso.