"Maioria dos casos na imprensa são especulações"

Elenir disse que a maioria dos casos que saem na imprensa são especulações. “A letalidade da H1N1 é menor que 0,5% e o alarde lembra a Gripe Espanhola, que matava 50%”. A secretária falou ainda que não acredita que a vacina seja a grande solução para o problema. “Nós não temos uma cultura que tenha a vacina como prioridade. A população não tem consciência do valor das vacinas imuno preventivas. As pessoas só procuram quando algo mais grave acontece”, comenta.

Vale ressaltar que não é recomendado a auto medicação caso a pessoa tenha algum sintoma de gripe. Elenir explica que fazendo isso é possível criar imunidade, além de retardar o tratamento correto.

A faixa etária que vem sendo mais comprometida é de pessoas entre 17 e 29 anos.

Desde quando foi implantado, 285 pessoas procuraram o ambulatório que fica ao lado do Pronto Atendimento Básico (PAB). Logo no primeiro dia, em 24 horas de funcionamento, atendeu mais de 150 pacientes com sintomas de gripe.

O ambulatório da gripe funciona 24 horas ininterruptas. A unidade improvisada conta com uma equipe de técnico administrativo, enfermeiro, técnico de enfermagem, técnico da Vigilância Epidemiológico e um médico. Além disso, na frente do PAB também foi montado um posto de orientação que conta com profissionais do Núcleo de Educação em Saúde. As equipes estão trabalhando em sistema de rodízio.

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, informou ontem (3) que embora cause menos mortes do que a gripe comum, a influenza A (H1N1) representa 60% dos casos de gripe no país. Segundo Temporão, nos próximos dias há uma tendência “natural” de aumento no número de casos. “O vírus está se disseminando”, disse.

O ministro garantiu que o sistema público de saúde está bem preparado, inclusive com estoque adequado de medicamento. Ele também explicou que com a disseminação da doença e com a semelhança nos sintomas e no tratamento, a exigência de testes para diferenciar as gripes é desnecessária.