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Mais de 200 pessoas convivem com HIV/Aids sem fazer tratamento

30% das pessoas realizam os exames e não voltam para ver o resultado

Há alguns anos, receber o diagnóstico de Aids era como uma sentença de morte. Hoje em dia, é possível ser soropositivo e viver com qualidade de vida. Basta tomar os medicamentos indicados e seguir corretamente as recomendações médicas. Mesmo sabendo dessa conduta de tratamento, em Três Lagoas mais da metade das pessoas que convivem com a Aids não procuram tratamento ou interrompem o uso da medicação. Alguns, inclusive, nem sabem que estão com o vírus, pois cerca de 30% das pessoas realizam os exames e não voltam para conferir o resultado.

De acordo com dados do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) do programa DST/Aids, atualmente existem 486 pessoas vivendo com a doença em Três Lagoas, mas pouco mais da metade dessas pessoas segue o tratamento recomendado e faz uso dos medicamento periodicamente. “Algumas vem fazer o exame, mas depois não quer saber o resultado, por medo ou recusa. Outras até voltam, mas não levam a sério o tratamento. A aceitação é muito complicada”, afirma a assistente social do CTA, Cristina Ferreira.

Em 2014, foram registrados 38 novos diagnósticos de pessoas com HIV/Aids em Três Lagoas. Pouco mais que em 2013, quando foram diagnosticadas 33 pessoas com o vírus na cidade. Além de moradores de Três Lagoas, o CTA também realiza o acompanhamento de pessoas da microrregião. No ano passado, sete pessoas de Água Clara, duas de Brasilândia, três de Bataguassu, duas de Selvíria e uma de Santa Rita do Pardo foram diagnosticadas com HIV/Aids. Outras 23 pessoas vindas de cidades de todo o Brasil também foram atendidas pelo CTA em 2014. Dentre os diagnósticos confirmados como soro positivo, a maioria é do sexo masculino. De 80 diagnosticados, 35 são em mulheres e 45 em homens.  

Tratamento

Em média 10 pessoas procuram o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) do programa DST/Aids. Cada uma, leva 15 minutos para fazer a coleta do exame de sangue que diagnostica quatro doenças sexualmente transmissíveis: sífilis, hepatite B e C e HIV/Aids. Apenas 10 mililitros de sangue são coletados. O diagnóstico fica pronto após 30 dias e caso se confirme soro positivo, a pessoa inicia o tratamento imediatamente.