Cinqüenta três-lagoenses encontraram no Programa de Prevenção e Controle de Tabagismo o apoio necessário para parar de fumar. O programa, ativado em agosto do ano passado, é ligado diretamente ao Instituto Nacional de Câncer (INCA), e já conta com 400 pessoas na lista de espera.
O volume da lista, em tão pouco tempo, exemplifica a dificuldade encontrada pela maioria para deixar o vício. O processo de abandono do vício não é fácil, como explica a coordenadora do programa Izabela Bento de Souza. “Se fosse fácil não teríamos tantos fumantes no mundo. É uma dependência física e psicológica. Por isto que a nossa equipe existe, para dar apoio ao fumante”, completou.
O processo de tratamento é baseado em etapas. Na primeira delas, e uma das principais, o fumante precisa analisar a fundo se realmente quer parar de fumar. “Isto acontece muito com os jovens. Eles nos procuram, mas a mando dos pais e não por vontade própria e sem a decisão dele, não há tratamento que tenha efeito”, completa a coordenadora.
Já decidido, a pessoa é submetida ao processo de triagem. Nesta etapa ele passa por um psicólogo para analisar o grau de dependência e uma avaliação clínica – realizada por um médico – para determinar se haverá, ou não, necessidade de medicamentos.
Na terceira etapa, o paciente, já inserido nas reuniões em grupo, é submetido a mais exames: avaliação bucal, feita por um dentista, e consultas com uma nutricionista.
“Temos um quadro de cerca de dez profissionais, entre médicos, psicólogos, farmacêuticos, nutricionista e dentista. Todos são importantes para combater o vício. O nutricionista, por exemplo, irá acompanhar o paciente para que ele não substitua um vício por outro e passe a comer mais, e em decorrência disto, ganhe peso, como acontece com muitos fumantes”, destacou.
