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Mão-de-obra treinada reduz perdas e custos

Leia o artigo de Alexandre Farhan na edição deste sábado (9) do Jornal do Povo

As perdas e desperdícios na área de indústria ainda são uma questão crítica. Isso porque em muitos setores ainda não há profissionais capacitados adequadamente em treinamentos ou na própria formação. Se uma empresa orientar, conscientizar e principalmente treinar seu colaborador para que consiga trabalhar de maneira correta, ele vai evitar grandes desperdícios e naturalmente gerar mais receita para o caixa. 

O problema da formação e capacitação profissionalizante está dividido em duas partes críticas, a do colaborador e da indústria. Muitas vezes, um colaborador não quer se qualificar, se especializar ou estudar. O o empresário se depara com o problema da mão-de-obra desqualificada. E o pior é que há um exército de profissionais que não ambiciona se desenvolver profissionalmente mesmo diante dessa crise e desemprego.

Do outro lado do problema, está um tipo de empresário, que não investe em mão-de-obra qualificada. Com frequência, não quer treinar seus funcionários e não faz questão que eles se qualifiquem com o custeio de sua empresa. Temos um exemplo de um aluno nosso que chegou na escola, que desejava estudar e esperava alguma colaboração da empresa, pelo menos, liberando alguns períodos para ele se capacitar.

No entanto, o empregador dizia que era besteira o funcionário estudar. Achava que bastava ficar trabalhando, que era o suficiente. Na verdade, nós vemos muitos obstáculos frente a alguns empresários, quando entendem que o investimento em mão-de-obra não recompensa e que o custo pode ser “muito alto”. Uma parcela dos empregadores não consegue enxergar, muitas vezes, o retorno no investimento e acredita que é um valor dispensável.

Na realidade, se esses empresários observarem que seus funcionários treinados vão evitar, por exemplo, numerosos desperdícios com matérias-primas e quebras de máquinas, perceberão de imediato a incrível redução no custo das paradas e dos prejuízos de interrupção da produção. Sem falar também, de outros fatores como a qualidade ruim da peça final, reprocessamento de material e outras perdas inerentes à produção.

É preciso, além de proporcionar treinamento, também conscientizar funcionários de sua importância e cobrar daquilo que foi ensinado.

*É professor.