Moradores apelam ao MP para solução de enchentes

Uma comissão de moradores, residentes na rua Manoel Antônio Jeremias, rua 4 (antiga rua Antônio João) e ruas adjacentes, próximas à Capela São Pedro, no Guanabara, estão se organizando e se mobilizando para reivindicar a solução imediata dos problemas de enchentes que têm ocorrido, neste ano, naquele bairro.

Reforçado por uma lista de mais de 100 abaixo-assinados de moradores, um documento foi elaborado e encaminhado à prefeita Simone Tebet, à Câmara Municipal e ao Ministério Público de Defesa do Meio Ambiente e Urbanismo. O movimento está sendo reforçado também por moradores do Parque São Carlos, Osmar Dutra e conjunto habitacional Jardim das Orquídeas.

Devido às obras de pavimentação asfáltica da rua Manoel Antônio Jeremias, “as águas pluviais não têm para onde correr”, causando enormes e duradouras poças de água em outras ruas. O mesmo problema vem ocorrendo em parte da rua Yamaguti Kankit.

Ontem (24), pela manhã, um grupo de moradores esteve na sessão da Câmara Municipal, onde acreditavam que poderiam ocupar a Tribuna para apresentar publicamente as suas reivindicações. No entanto, mesmo seguindo os procedimentos exigidos, através de ofício enviado à Mesa Diretora, com 10 dias de antecedência, o pedido dos moradores foi negado, conforme explicou um dos líderes dos moradores, Francisco da Silva Feitosa.

“Hoje (24), pela manhã, nos comunicaram que não poderíamos usar a Tribuna”, disse Francisco, acompanhado de um grupo de uns 10 moradores daquele bairro.

Por sua vez, o presidente da Câmara Municipal, Fernando Milan Amici, informou que, devido à extensa pauta da sessão daquele dia, não poderia conceder esse espaço aos moradores. “Perguntei-lhes se era urgente e eles responderam que não. Por isso, eles terão outra oportunidade”, disse.

“Resta-nos agora recorrer ao Ministério Público para conseguirmos resolver o nosso problema que vem se arrastando há mais de seis meses”, disse Francisco.

Ele informou que o presidente do bairro Guanabara, Jenilson Fernandes, também encaminhou ofício à prefeita Simone Tebet, para obter explicações sobre a questão das enchentes no bairro, “mas não obteve resposta alguma”, informou.

“As enchentes no nosso bairro não existiam. Maioria dos moradores está no bairro há mais de 20 anos e nunca passaram por isso aí. As enchentes começaram depois das obras que estão fazendo lá”, disse Francisco.