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Três Lagoas

Moradores do Osmar Ferreira ficam ilhados

Há quase um ano população sofre com as enchentes, após início de obras na região, que hoje estão paralisadas

As chuvas da última segunda e terça-feira (1) deixaram ilhados os moradores do bairro Osmar Ferreira Dutra. Na rua Lucas Jorge Filho, a situação ficou caótica. O morador, José Creso Trevisan, que trabalha como motorista, teve que deixar o carro há mais de 100 metros de sua casa e andar pelo pasto para conseguir chegar a casa. Em frente à residência uma lagoa se formou e era impossível chegar até o local com carro. A única alternativa era passar pelo terreno ao lado, tomado pelo mato.

Trevisan conta que mudou há uma semana para a casa e que se assustou com a realidade. “Quando comprei a casa o proprietário me disse que existia um probleminha com relação ao escoamento de água, mas eu não imaginava que era tanto”.  O morador relata que a esposa se assustou com as chuvas e com a água que invadiu o quintal da casa. “Minha mulher ficou desesperada. Logo agora que compramos uma casa ver uma situação dessas. Graças a Deus parou de chover, pois pensamos que teríamos de passar a noite acordados, cuidando para a água não invadir. Imagina perder os móveis. Tive medo, mas ficou tudo bem”.

A família procurou vários órgãos para tentar solucionar o problema, inclusive fez ligações até para o Corpo de Bombeiros. “Eles disseram que viriam ver a nossa situação, mas não apareceram. Eu vim de Araçatuba. Não tinha esse problema lá. A prefeitura precisa dar um jeito aqui. Já conversamos com o secretário de obras e estamos esperando uma providência, do jeito que está não da para ficar. Meu filho deve mudar para cá esta semana, imagine num caso de emergência, como faz? Adulto até consegue se virar, mas criança não. Como a gente sai de casa?”, desabafou.

O antigo dono da casa, Erick Alexandre de Lima, explica que desde que as obras começaram na rua Macapá, próxima a Yamaguti Kankit, o problema tornou se frequente em várias partes do bairro. “Essa luta pela resolução do problema vem desde janeiro, quando as obras começaram. A gente liga na prefeitura, no D.O.S e o pessoal vai passando a bola. Eles alegam que a obra é do Governo Federal, mas a nossa rua é de responsabilidade municipal. Eles não vêem as necessidades. Dizem que não tem máquina e vão deixando o tempo resolver. A situação não é bem assim, a prefeitura tem um problema de logística e precisa ser resolvido”.

Durante a manhã de ontem (01), uma máquina do Departamento de Obras e Serviços (D.O.S) trabalhava no local. A alternativa para tentar amenizar o problema foi abrir uma vala em um terreno particular para possibilitar o escoamento da água. De acordo com o diretor do órgão, Agamenon Alves de Oliveira, essa foi a saída possível, pelo menos por enquanto. “O caso está sendo acompanhado pela prefeitura. Estamos dando assistência e tivemos que abrir parte do terreno para a água escoar. Paramos de trabalhar no período da tarde pela quantidade de chuvas. Foram 705 milímetros. Assim que cessar vamos tomar uma providência”.