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Liraa

Mosquito da dengue está em locais habitados

Levantamento mostra que 97% dos focos do mosquito da dengue estão em locais habitados

de casa em casa > Trabalho de combate é feito diariamente por agentes nas ruas - arquivo/JPNews
de casa em casa > Trabalho de combate é feito diariamente por agentes nas ruas - arquivo/JPNews

Noventa e sete por cento dos focos criadouros do Aedes aegypti encontrados por agentes de endemias, em Três Lagoas, estão em imóveis onde há pessoas. A maior parte são em casas seguido por estabelecimentos comerciais. Isso significa que o mosquito da dengue está presente em ambientes onde há a ocupação por moradores ou por trabalhadores e que, teoricamente, poderiam realizar o trabalho preventivo de combate à dengue. A informação é do coordenador do Setor de Endemias, Alcides Ferreira. “Uma vergonha essa constatação. Saber que o morador que ali reside ou que ali trabalha cria um ambiente que mais favorece do que combate o mosquito transmissor da dengue”.

Segundo o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (Liraa) divulgado nesta semana, do total de focos criadouros do mosquito encontrado, 8 em cada 10 deles são em casas onde há ao menos um morador. Em comércios, são mais de 13% e em 4% dos focos do Aedes foram vistos em prédios públicos. Surpreende a fatia dos terrenos baldios: 2,9%. “São sempre alvo de denúncias e aparecem como os vilões, mas a realidade é que o mosquito da dengue está se reproduzindo onde há pessoas mantendo o local propício para tanto”, destaca Ferreira.

O mesmo levantamento mostra ainda que Três Lagoas saltou de 0,7% para 1,1% no Índice de Infestação Predial. O número é um parâmetro que serve como referência para o risco de surto da doença. A faixa anterior, abaixo de 1%, era considerado como satisfatório. Entre 1% e 3,9% é patamar de alerta. Acima de 4% o Ministério da Saúde considera que há risco eminente de surto.

O coordenador alerta ainda para o período de transição de estações. “Com a proximidade da Primavera, há o aumento de chuvas. Sabemos que é no Verão o grande ‘boom’ de novos casos e que nesta epóca do ano os casos são ainda controlados. Mas a grande questão é não esperar pelo pior para que a comunidade comece a se articular”, conclui,