Veículos de Comunicação

Saúde

MS é o 10º Estado no país com mais casos confirmados de dengue em 2023

Número de mortes e casos positivos deixa municípios em alerta e autoridades realizam reunião para definir plano de combate

Cuidado com lixo e limpeza das residências é vital para barrar avanço de casos positivos da doença - Arquivo/SES
Cuidado com lixo e limpeza das residências é vital para barrar avanço de casos positivos da doença - Arquivo/SES

Oaumento de casos confirmados e de mortes por dengue acendeu o alerta e preocupa autoridades da saúde de vários municípios e do Estado. Para estabelecer medidas e um plano de combate ao mosquito, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) realizou a 1ª reunião do Centro de Operações de Emergência de combate à dengue de Mato Grosso do Sul.

Conforme o último boletim divulgado pela Secretaria ainda nesta semana, 53 municípios estão com alta incidência de dengue. Do início do ano até agora, Mato Grosso do Sul registrou oito mortes causadas pela doença e outras quatro estão em investigação. O coordenador de controle de vetores da SES, Mauro Lucio Rosa, falou sobre a atual situação do Estado em entrevista à Rádio CBN Campo Grande nesta quinta-feira (30). 

“Nós criamos o COE, que é o Centro de Operações Emergenciais, ele tem a função, a responsabilidade de conversar com os 79 municípios e orientar o que que nós podemos fazer nesse momento e, diante disso, dar todo suporte para que a gente possa impedir o avanço da dengue”, destacou.

Com base no último boletim epidemiológico da dengue, desde janeiro deste ano foram confirmados 9.269 casos da doença, dentro de um panorama acima de 20 mil casos prováveis. O resultado já é maior que o registrado em 2021 e está a quase 6 mil casos positivos do número alcançado no ano passado.

No geral, 52% dos casos prováveis são de mulheres, sendo a faixa etária mais atingida entre 20 a 29 anos. Dos oito óbitos registrados até o último balanço divulgado, três aconteceram em Três Lagoas, e os demais em Aquidauana, Amambai, Campo Grande, Dourados e Guia Lopes da Laguna, sendo um em cada município. Outros quatro óbitos ainda estão sendo investigados.

Para o atual momento, o coordenador acredita que a visita domiciliar é a grande ferramenta do poder público para frear o aumento de casos positivos além, claro, da força e consciência da população para manter quintais limpos e cuidar dos lixos gerados que devem ter o descarte adequado, sem que se transforem em locais de reprodução do mosquito Aedes aegipty.

Ainda assim, a falta do inseticida necessário para passagem dos carros conhecidos como ‘fumacê’, aliados no combate ao Aedes aegypti, também impacta os cuidados, mas não é o principal fator, segundo Mauro Lucio, para o avanço da doença “Se a gente começar a aplicar o inseticida de forma aleatória, indiscriminada, nós vamos contribuir para  favorecimento de mais proliferação vetorial, de mais mosquitos e nós vamos contribuir também para o agravamento do meio ambiente”, pontuou.