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Mulheres relatam como é encarar o câncer de mama: 'uma força que vem só pela fé'

Especialistas afirmam que a fé e a espiritualidade funcionam como combustível para o tratamento oncológico

Geovana, Gislene, Letícia e Luzia estão em diferentes fases do câncer de mama - Reprodução TVC HD
Geovana, Gislene, Letícia e Luzia estão em diferentes fases do câncer de mama - Reprodução TVC HD

Odilema de mulheres que lidam com o diagnóstico e enfrentam o câncer de mamas foi tema para uma série de reportagem especial exibida nesta semana no quadro A Casa É Sua, no programa TVC Agora, pela TVC HD, canal 13.1. Nas reportagens foram exibidas quatro histórias de moradoras de Três Lagoas. Pacientes em diferentes fases do tratamento, mas que possuem em comum a mesma força vinda da fé, que segundo especialistas, funciona como combustível para o tratamento oncológico.

A dona de casa Geovana de Melo foi diagnosticada em novembro passado com câncer na mama direita. Desde então, travou uma luta. Passou por sessões de quimioterapia e mastectomia. “Minha força veio de Deus e o meu propósito de cura sempre foi o meu filho. Só pensava nele. No início sofri porque tive muito medo. Lidar com o emocional foi muito difícil, depois que Deus curou meus sentimentos foi mais fácil. O lado espiritual fortalecido consegue ajudar muito neste processo e eu sou prova viva disso. A Geovana lá de 2021 não suportaria tudo isso. Aliás, eu sozinha, não teria essa força. A gente nem sabe que tem. Só a conhece quando sente na pele, quando passa!”.

A Gislene Batista, por outro lado, já experimentou todas as dores que a colega Geovana. Ela tratou do câncer de mama entre 2017 e 2019, mas em 2021 foi surpreendida com um novo diagnóstico: o de metástase. “Vida continua. Reviver a quimio, os medos, as dores é muito difícil. Ainda que com o apoio da família, eu sabia que era Deus quem me sustenta e que eu preciso me curar pelos meus filhos”.

A CURA

O tão sonhado momento de cura está bem próximo da três-lagoense Letícia Duarte. O diagnóstico veio aos 29 anos e a jovem interrompeu a carreira de competidora de três tambores. “Não me ver em cima de um cavalo em uma prova foi doloroso demais. Estava no auge de uma carreira e não possuía nenhum fator de risco. No diagnóstico minha primeira pergunta foi: vou morrer? A gente não pensa que há vida dentro do câncer. Mas existe. Nem toda dor vem pra morte. A dor vem, muitas vezes, para ensinar e aumentar nossa fé. Tudo tem um propósito de Deus na vida”.

A artesã Luzia de Oliveira está há 7 anos curada. “Nem a medicina acreditava. Meu prontuário dizia que a expectativa de vida seria de 2 anos. Precisa ter uma ligação direta com Deus. Se você não crer e não buscar essa força, que nem sei de onde vem, você não consegue. Hoje a minha fé é maior. Acredito que se tivesse tido essa fé no começo, não teria sofrido o tanto que sofri”, descreve emocionada.