O aplicativo de paquera mais popular entre os internautas solteiros, o Tinder, completa 10 anos neste mês. Coincidência ou não, setembro também é alusivo à saúde mental, com a campanha Setembro Amarelo, que alerta para a incidência da depressão, ansiedade, pensamentos suicidas e combate ao suicídio. Não à toa, o aplicativo vem provocando sintomas característicos de tais doenças e é atribuído o nome de “dating burnout” ou “esgotamento mental em encontros amorosos”, se traduzido.
Levantamento feito por um insitituto norte-americano com 500 pessoas, de 18 a 54 anos, concluiu que quase 80% dos entrevistados disseram que experimentaram desgaste emocional ou fadiga com o flerte online.
Além de examinar por que os aplicativos estão gerando sentimentos de insatisfação, também existem estratégias que os usuários podem tentar para se sentir menos esgotados enquanto permanecem online, uma delas pode ser simplesmente desacelerar e conversar com menos pessoas ao mesmo tempo.
Para a psicóloga Gesiane Miyashiro, os internautas estão sempre preocupados demais com o padrão de beleza que expõem na web e dispostos a encontros e relacionamentos efêmeros demais.
“Embora essa nova forma de encontro economize muito tempo, ela está mudando completamente a maneira como algumas pessoas se sentem sobre o processo de relacionamento. Pode ser cansativo e raso demais olhar diversas fotos no aplicativo e ficar esperando o ‘match perfeito’. Por conta disso, esses sentimentos de frustração, ansiedade e tristeza causados por esses aplicativos começou a gerar o que chamamos de ‘dating burnout’”, conclui a especialista.
