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Três Lagoas

Petrobras confirma acordo com grupo russo para venda da UFN 3

Nos próximos dias comitiva brasileira vai à Rússia para tratar dos últimos detalhes da venda.

Nos próximos dias comitiva brasileira à Rússia para tratar dos últimos detalhes da venda. - Arquivo/JPNEWS
Nos próximos dias comitiva brasileira à Rússia para tratar dos últimos detalhes da venda. - Arquivo/JPNEWS

A Petrobras informou que chegou a um acordo para as minutas contratuais para a venda de 100% da UFN3 com o grupo russo Acron. Segundo a empresa, a assinatura do contrato de venda depende ainda de tramitação na governança da Petrobras, após as devidas aprovações governamentais. A venda da fábrica para o grupo russo foi anunciada na manhã desta sexta-feira (4) pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, durante evento na Câmara de Vereadores.

Segundo a ministra , o tema será tratado com a Acron durante visita da comitiva brasileira à Rússia prevista para os próximos dias. “Temos reunião marcada com vários produtores de fertilizantes e eles estão nessa lista. Teremos notícias lá de quando isso vai acontecer, quando eles chegam aqui”, disse Tereza Cristina, ressaltando que, a “agricultura brasileira vai ganhar muito com a implantação dessa fábrica, que vai produzir fertilizantes nitrogenados, a ureia que é imprescindível para que a agricultura seja cada vez menos dependente desses nutrientes”, ressaltou a ministra. 

No final do ano passado, a ministra esteve na Rússia tratando desta questão e conversou com os representantes do Grupo Russo. Ontem, disse que estava muito feliz por poder dar essa notícia tão esperada pela população. A ministra veio à Três Lagoas acompanhada dos secretários de Infraestrutura, Eduardo Riedel, e do secretário de Governo, Eduardo Rocha, que também participaram do anúncio do pacote de obras lançado pelo prefeito Ângelo Guerreiro.

ETAPAS

O secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Jaime Verruck, explicou que na próxima semana a Petrobras vai publicar o fato relevante ao mercado sobre à venda da UFN 3. A partir daí, é que será divulgado o cronograma de retomada da obra, paralisada desde dezembro de 2014.

Após a publicação do fato relevante, o Governo do Estado, prefeitura, a Petrobras e Acron vão se reunir para tratar dos incentivos fiscais para retomada da obra.

O núncio da venda e, consequentemente, da retomada da construção da fábrica foi comemorado por muitos. Pela população que aguarda ansiosa pela retomada da fábrica que vai gerar mais de sete mil empregos, pelos empresários que aguardam a retomada da economia e enxergam nesta unidade a possibilidade novos negócios, bem como pela classe política que participou de várias reuniões e cobrou a conclusão desta obra.

Na semana retrasada o governador Reinaldo Azambuja, acompanhado dos secretários de Infraestrutura e Desenvolvimento Econômico, se reuniram com o presidente da Petrobras para cobrar um posicionamento da estatal sobre a UFN3.  “Esse empreendimento é de extrema importância para o Mato Grosso do Sul, tanto para recuperação da economia do município como para a autossuficiência que a fábrica poderá trazer em fertilizantes, dado que nosso Estado é dependente altamente deste insumo”, ressaltou o governador.

Eduardo Riedel disse que essa fábrica é importante para a economia de Mato Grosso do Sul e que o governo do Estado tem feito a sua parte para garantir logística e infraestrutura necessárias para o desenvolvimento econômico.

Eduardo Rocha destacou que a UFN 3 é fruto de um trabalho que começou na gestão da ex-prefeita Simone Tebet, quando juntamente com o governo do Estado viabilizaram a compara de uma área para a instalação da fábrica. Disse que a retomada desta obra será muito importante para a economia de Mato Grosso do Sul.

Atualmente, em média, cerca de 75% dos fertilizantes usados no Brasil são importados. A meta do governo federal é reduzir a importação em torno de 50% com o plano que o governo federal prevê lançar no começo deste ano. A UFN 3  vai contribuir para reduzir  a dependência do Brasil por fertilizantes.

A obra da UFN 3 foi paralisada em dezembro de 2014 após a Petrobras romper o contrato com o Consórcio responsável pela construção da fábrica que, na época, já havia consumido mais e R$ 3 bilhões.