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Investigação

PM identifica casal autor de fake news de sargento

Foto de militar foi divulgada associada a ação de corregedoria da PM em Três Lagoas

https://youtube.com/watch?v=FARjgbczB2A

O Setor de Inteligência da Polícia Militar de Três Lagoas identificou um casal como autor de uma montagem digital, distribuída por aplicativo de celular, em que uma fotografia do sargento PM Romilto Gomes Francisco aparece associada à notícia de prisão de outro policial investigado pela corregedoria da corporação, na Operação Themis, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado) e do Ministério Público, por crimes como coação, violação de sigilo, associação para o tráfico e tráfico de drogas, em janeiro deste ano. 

O casal – que não teve nomes revelados – seria formado por civis e foi descoberto após rastreamento em redes sociais e dados em celulares.Uma das fake news, que utilizava um link do portal de notícias JPNews, foi compartilhada a partir de 15 de janeiro de 2019 – na mesma ocasião, a PM divulgou uma nota de esclarecimento à imprensa. O Jornal do Povo – Ano 70 – trouxe reportagem sobre o assunto, inclusive com entrevista do advogado Thiago Sirahata, sobre a legislação a respeito de notícias falsas, bem como penas para crimes de difamação e calúnia. 

Um outro sargento também foi apontado falsamente, no caso, na internet.  O comandante PM, major Ênio de Souza, informou que os PMs atingidos pelas postagens falsas vão à Justiça contra os suspeitos. "Conseguimos chegar às pessoas que cometeram este crime. Agora, os policiais envolvidos na postagem vão entrar com ação de danos morais contra estes autores. Vão responder judicialmente. Fica o exemplo  a estas pessoas que acham que conseguem se esconder atrás de um computador. Fica comprovado que não.  Creio que a indenização é o melhor caminho para reparação dos danos", disse.

Ênio de Souza preferiu não revelar detalhes da investigação do Setor de Inteligência. Disse que mais detalhes devem ser divulgados na próxima semana.

Afirmou, porém, que considera o caso comum. "Pode acontecer com qualquer pessoa. Aconselhamos que procurem seus direitos. Ir à mídia que fez a divulgação, solicitar o direito de resposta, esclarecer os fatos e, com isso, identificar e requerer indenização dos verdadeiros autores", afirmou.

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