O delegado Regional da Polícia Civil, Vitor José Fernandes Lopes, reconhece que Três Lagoas e cidades da região, precisam de mais delegados de polícia para acompanhar o quadro de desenvolvimento industrial e comercial e os inevitáveis impactos sociais que estão ocorrendo com o aumento populacional. Com o desenvolvimento industrial e o progresso, “sofremos também os efeitos do aumento dos índices de criminalidade”, observou.
Por outro lado, “tenho consciência que o problema não pode ser solucionado da noite para o dia, porque se trata de capacitação de pessoal para o exercício de importante função na Segurança Pública”, comentou.
Para ser delegado de polícia, “não basta apenas a nomeação. Temos que esperar todo o um processo de seleção, que é o concurso público e, em seguida a capacitação que é realizada na Academia da Polícia Civil”, esclareceu. “Problemas de pessoal não é o mesmo que resolver a questão de falta de viaturas ou de armamento. Tudo isso se resolve, somente com investimentos”, observou.
Ele se referiu ao empenho do governador André Puccinelli e ao secretário de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Brasil Jacini. “Sabemos que os dois têm uma clara visão do que precisa para a área de Segurança Pública de Três Lagoas e Região”, observou.
Segundo o Delegado Regional, “resta-nos esperar o término do concurso da Polícia Civil, em andamento, para recebermos reforço de pessoal”.
No ano passado, juntamente com o concurso público da Polícia Militar para o preenchimento de mais de mil vagas, foi aberto também e está em andamento o concurso público para o preenchimento de 313 vagas da Polícia Civil. Para este concurso, foram abertas 30 vagas para delegado de polícia, 28 para perito médico legista, 33 para perito criminal, 150 vagas para escrivão, 50 para novos investigadores e 22 vagas para perito papiloscopista.
QUADRO
A Delegacia Regional de Polícia Civil, além da cidade de Três Lagoas, compreende os municípios de Selvíria, Brasilândia, Água Clara e Santa Rita do Pardo. Ao todo, são 15 delegados de polícia, mas nem todos estão no exercício de suas funções.
Entre os que estão de licença, mas, oficialmente ainda lotados na Delegacia Regional de Três Lagoas são: o atual presidente da Câmara Municipal, Fernando Milan Amici, eleito vereador em 2008 e de licença para o cumprimento do mandato político; Alberto César Batista, há mais de três anos de licença médica. Ele trabalhava antes no 2ºDP. Está também de licença de suas funções e sem remuneração a delegada Ana Maria Bodini, antes lotada também no 2ºDP.
Na Delegacia Regional, o delegado Vítor conta também com os serviços de Carlos Roberto Giacomelli, como delegado adjunto. Por muitos anos, delegado titular do 1ºDP, Giacomelli esteve afastado de suas funções de delegado de polícia, por motivos de saúde. Ainda em tratamento, ele retornou e passa por uma fase de readequação e plena recuperação da saúde, para poder retornar às plenas atividades.
Na cidade de Três Lagoas, a Polícia Civil possui três distritos policiais, a Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM), a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e o serviço de plantão escalonado, denominado Delegacia de Pronto Atendimento à Comunidade (Depac), instalada na estrutura do 1º DP, diariamente, das 19h30 às 7h30. Para cada plantão de 12 horas seguidas de trabalho é escalado um delegado de polícia, um escrivão e três investigadores.
No 1ºDP, onde costumeiramente trabalhavam em média três a quatro delegados de polícia, hoje os serviços têm que ser executados por apenas dois delegados: Eraldo de Azevedo Coelho (titular) e Orlando Vicente Abate Sacchi. No 2º DP, instalado na Vila Piloto, o titular é o delegado Luiz Ricardo de Lara Dias. Ele tem como delegado adjunto, Rogério Fernando Makert Faria, há pouco mais de um ano transferido para Três Lagoas.
Responde pelo 3ºDP, instalado em frente ao quartel do 2º Batalhão da Polícia Militar, o delegado Hélio Cezar de Mello. Ele tem como delegado adjunto, Ailton Pereira de Freitas, que também responde pela movimentada Delegacia de Investigações Gerais (DIG), para onde são encaminhados todos os boletins de ocorrências, cuja autoria é desconhecida.
Na Cidade, está também instalada no mesmo prédio do 3ºDP, a Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM), cuja titular é a delegada Magali Corsato. Segundo informações do Delegado Regional, a delegada Magali já requereu sua aposentadoria, por tempo de serviço. “Não sei ainda até quando ela irá trabalhar”, informou.
Nas quatro outras cidades, abrangidas pela Regional de Três Lagoas, não existe delegado de polícia em Santa Rita do Pardo. A cidade é atendida pelo delegado de Brasilândia, José Renato Miguel.
Em Água Clara, responde pela Polícia Civil o delegado Nilson Martins, recentemente transferido de Ribas do Rio Pardo. Em Selvíria o delegado da Polícia Civil é Messias Pires dos Santos Filho.
