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Paralisação

Policiais civis cruzam os braços nesta sexta-feira em todo o Mato Grosso do Sul

Motivo do protesto é chamar a atenção do governo para a reivindicação salarial, bem como para uma política de planejamento para segurança pública

Os policiais civis do Mato Grosso do Sul realizam nesta sexta-feira (1º de abril) uma paralisação das atividades pelo prazo de 12 horas. O motivo do protesto é chamar a atenção do governo do Estado para a reivindicação salarial, bem como para uma política de planejamento para a segurança pública.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) do Estado, Gian Carlo Correa Miranda, a paralisação vai afetar todas as delegacias de Polícia Civil do Estado. Segundo ele, as delegacias vão funcionar com apenas 30% do seu efetivo. Apenas os serviços considerados essenciais, como prisão em flagrante e mandados serão cumpridos. “Os demais atendimentos não serão realizados”, adiantou.

A decisão em cruzar os braços foi tomada em assembleia realizada com a categoria em março. “Encaminhamos a deliberação para todos os municípios e, acreditamos que a paralisação ocorrerá em todas as cidades”, disse.

De acordo com Miranda, o salário atual de um policial civil em Mato Grosso do Sul é de R$ 3,6 mil. Em todo o Estado, segundo ele, existe um déficit de 800 policiais civis. “Na área de atuação da Delegacia Regional de Três Lagoas, o déficit é um dos maiores”, comentou.

Além de salário, os policiais civis reivindicam ainda melhores condições de trabalho, bem como o fim da custódia de presos. “Atualmente, eles têm que ficar cuidando de presos nas delegacias. A função de um policial civil é investigar os crimes que ocorrem, e não ficar cuidando de presos. Essa função é de agente penitenciário”, destacou.

O delegado regional de Polícia Civil de Três Lagoas, Rogério Market de Faria, disse que, mesmo com o efetivo reduzido, todas as delegacias vão funcionar nesta sexta-feira. Ele comentou que a manifestação é um direito dos policiais, mas espera que não acarrete em transtornos para a população. “Acho que vai ser tranquilo”, declarou.