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Três Lagoas

Prefeitura vai contratar os 21 catadores que atuam no lixão

Simone lembrou que o aterro tem que ser construído e que os catadores sabiam que teriam que deixar local

Vinte e um catadores de material reciclável, que ainda retiram do lixão seus sustento, têm prazo de um mês para deixarem definitivamente a área se quiserem ser aproveitados em órgãos e projetos da administração municipal.

Tal decisão foi tomada na terça-feira (31), após nova reunião entre representantes dos trabalhadores, da empresa Financial, com o promotor público Antônio Carlos de Garcia de Oliveira, secretário municipal de meio ambiente Cristóvan Canela, vereadores e a prefeita Simone Tebet.


Na ocasião, Simone lembrou que o aterro tem que ser construído e que os catadores sabiam que teriam que deixar local, inclusive, foi dado um prazo para que eles se adaptassem à situação.


No entanto, ela informou que a proposta do Município é oferecer oportunidade de trabalho para esse pessoal, cujos nomes a Financial tem cadastro.


A exigência por parte da Promotoria de Meio Ambiente, de acordo com o promotor Antônio Carlos, se dá sob o ponto de vista ambiental e também sob o ponto de vista legal da situação. Ele também lembrou que órgãos competentes como o Ibama podem autuar quem permite a permanência de pessoas em áreas ocupadas por lixões.


Segundo a prefeita Simone Tebet, o Município não pode mais aceitar essa situação, já que também foi multado em decorrência dessa questão. “Com a retirada, estamos propondo melhores condições de vida a vocês, oferecendo um trabalho digno, com salário fixo, com direto a férias, a décimo terceiro”, destacou Simone, lembrando que a construção do aterro sanitário é uma exigência ambiental feita à Prefeitura.

COMPARATIVO
Durante a reunião, a prefeita apresentou alguns dados sobre a renda de catadores de lixo de outros estados como Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, mostrando que os preços de lixos recicláveis, como papelão e plástico, estão caindo a cada dia. “Alguns catadores não conseguem alcançar a renda de um salário mínimo por mês”, apontou.


A médio prazo, conforme Simone, a Prefeitura poderá ajudar esse pessoal a montar uma associação de catadores, em aproximadamente seis meses. “Não tem saída. A Legislação Ambiental virá cada vez mais exigente. Com um emprego fixo, vocês terão a oportunidade de aumentar a renda mensal e também irão ganhar um local de trabalho mais adequado”, reiterou.


A prefeita Simone também informou que a Prefeitura está programando a implantação da coleta seletiva para colaborar com a destinação do lixo reciclável. Segundo a chefe do Executivo, o estudo do projeto prevê a colocação de aproximadamente 60 pontos para a coleta seletiva do lixo.