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Prevista no PAC, UFN 3 vai reduzir 15% de importação de fertilizantes no país

Petrobras incluiu 47 projetos no Novo PAC, entre eles, a conclusão da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados de Três Lagoas

Lançamento do PAC foi acompanhado por ministros e governadores, entre eles, Eduardo Riedel, que esteve atento ao discurso do presidente da Petrobras - Divulgação
Lançamento do PAC foi acompanhado por ministros e governadores, entre eles, Eduardo Riedel, que esteve atento ao discurso do presidente da Petrobras - Divulgação

A Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN 3) da Petrobras, em Três Lagoas, será incluída no Plano de Negócios da Petrobras, em novembro. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (11), pelo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, durante o lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que reúne uma série de obras de infraestrutura a serem executadas nos próximos anos. 

Prates informou que a Petrobras vai aportar R$ 323 bilhões em 47 projetos no Novo PAC, entre eles, a retomada e conclusão da UFN 3. Durante o lançamento do programa, citou a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, ao fazer referência a fábrica, projeto defendido por Tebet. Citou também o nome do governador Eduardo Riedel (PSDB). “Os projetos nas áreas de fertilizantes e petroquímica nós deixamos de fora das diretrizes agora, mas até novembro nós faremos um anexo no PAC com isso, incluiremos a usina de Três Lagoas e outras que virão”, disse o presidente da Petrobras, em seu discurso.

Nesta semana, Prates, Simone Tebet, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, participaram, de uma reunião com o presidente da Bolívia, Luis Arce, para demonstrar que o governo brasileiro está interessado em retomar parceiras com governos e empresas da região para fortalecer a integração e desenvolver a economia da América Latina. Um dos assuntos foi a ampliação do fornecimento de gás boliviano para o Brasil. Tebet destacou que a ampliação da oferta de gás da Bolívia para o Brasil é importante para o pleno funcionamento da UFN 3. 

Para o secretário de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck, essa é uma excelente notícia para o Estado. Destacou o papel da ministra Simone e do governador Eduardo Riedel, que colocou a UFN 3 entre as obras prioritárias do Estado no pacote de investimentos do governo federal.

Segundo Verruck, após a inclusão da UFN 3 no Plano de Negócios, a fábrica será incorporada no PAC. “A fábrica de Três Lagoas faz parte do Plano nacional de Fertilizantes. Segundo o secretário, a UFN 3 terá condições de reduzir em 15% o total de fertilizantes nitrogenados importados pelo Brasil. “Esse plano visa reduzir a importação de fertilizantes”, destacou. 

Ainda segundo Verruck, para terminar a UFN 3 é preciso ampliar o contrato para o fornecimento de gás natural da Bolívia para o Brasil, em 2,5 milhões de toneladas por dia.  Conforme o secretário, é possível ampliar a venda de gás através da MS Gás, companhia de gás do Governo de Mato Grosso do Sul.
Na próxima semana, o governador e o secretário devem se reunir com o presidente da Petrobras para detalhar o cronograma da obra. Para a partir daí, definir os próximos passos necessários para a retomada da obra. 

PROCESSO
Em 2017, a estatal colocou a UFN3 à venda e disse que não tinha mais o interesse em continuar no segmento de fertilizantes, mas neste ano, na revisão do plano de investimentos, voltou a colocar produtos petroquímicos e fertilizantes como prioridade.

A construção da UFN3 teve início em 2011 e foi paralisada em dezembro de 2014 com 81% de conclusão. Em 2017, colocou a fábrica à venda. Uma empresa russa chegou a manifestar interesse na compra da fábrica. Negociações foram iniciadas, mas não concluídas porque o plano de negócios proposto pelo potencial comprador seria o de rebaixar a fábrica para uma indústria misturadora de fertilizantes.

O processo de venda foi encerrado e agora, em novembro, a UFN 3 será incluída no plano de investimentos da Petrobras, segundo o presidente da estatal. A fábrica foi projetada para produzir 1,2 milhão de toneladas de ureia e 761.000 toneladas de amônia por ano.