Veículos de Comunicação

Intolerância

Profissionais que fazem cobertura jornalística são hostilizados durante manifestações

Sindicato de Jornalistas de MS publicou nota de repúdio sobre ataques a repórteres e cinegrafistas de quatro veículos de comunicação

Esquipe do SBT local foi cercada por manifestantes enquanto faziam imagens no local - Crédito: Fotoframe
Esquipe do SBT local foi cercada por manifestantes enquanto faziam imagens no local - Crédito: Fotoframe

Profissionais que faziam cobertura jornalística durante manifestação no Comando Militar do Oeste (CMO) em Campo Grande foram atacados por militantes de direita nesta segunda-feira (7). Em um dos vídeos que circula nas redes sociais, uma das manifestantes chega a ofender com xingamentos a equipe da afiliada do SBT. 

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Mato Grosso do Sul (Sindjor-MS) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) emitiram nota de repúdio contra a violência aos trabalhadores. O documento cita vários profissionais que também foram hostilizados nos últimos dias pelos manifestantes.

São eles: Eliane Ferreira de Souza (repórter), Airton Cavalheiro Leite e Clayton Bernardi (auxiliar e cinegrafista), ambos do SBT; Marcos Rodrigues Tenório Cavalcante e Alex Machado, (repórter e fotógrafo) do Campo Grande News; Antonio Bispo e Marco Codignola, repórter e fotógrafo do Top Midia e profissionais da TV Guanandi, afiliada da Band.

A reportagem da rádio CBN Campo Grande  fez contato com um representante das manifestações em Campo Grande mas ele não quis se pronunciar sobre essa situação.

Nota de Repúdio 

O Sindjor-MS e a Fenaj vem a público repudiar veementemente a hostilização do público repudiar e violência contra os profissionais da imprensa local por parte de integrantes dos movimentos golpistas que, reunidos em frente ao Comando Militar do Oeste (CMO), em Campo Grande (MS), questionam o resultado das eleições presidenciais de 2022", destaca o documento. 

Uma das equipes relatou ao sindicato que somente conseguiu se aproximar do local mediante "escolta" de manifestantes que chancelaram o trabalho dos jornalistas. Já outra equipe sequer conseguiu se movimentar entre os manifestantes, diante do risco à integridade dos profissionais. 

Ou seja, o que ocorre é não somente uma tentativa de impedir a imprensa de trabalhar, mas, principalmente, de informar aos cidadãos o que ocorre nestes movimentos. O acesso à informação é um dos pilares do estado democrático de direitos, que vem sendo constantemente ferido durante estes atos antidemocráticos organizados por um grupo que questiona a vontade da maioria brasileira, externada nas unas no dia 30 de outubro. 

Nos solidarizamos com os profissionais de imprensa hostilizados, e ressaltamos que estamos à disposição para atendê-los, bem como a toda a categoria, com o objetivo de garantir que os profissionais de imprensa possam trabalhar, levar informação à sociedade, e exercer o direito de ir e vir.