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Três Lagoas

Projeto de contorno ferroviário é aprovado pelo DNIT

Segundo Simone Tebet, governo estadual aguarda apenas a devolução do edital para lançar licitação

O governo estadual aguarda apenas a sinalização positiva do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (DNIT) para dar início ao processo licitatório. De acordo com a prefeita Simone Tebet (PMDB), após três meses de analise, o DNIT aprovou o projeto de construção do contorno ferroviário em Três Lagoas. “Agora, o governador André Puccinelli, padrinho desta obra, está apenas aguardando a devolução deste edital, aprovado pelo Luiz Antonio Pagot, Diretor Geral do DNIT, para dar início à obra”, disse.

Simone explicou que o primeiro passo será a abertura do processo de licitação, que dura em média 60 dias. Neste intermédio, o DNIT também terá de conseguir a licença ambiental de instalação. “Acredito que até o fim de outubro, início de novembro, a licitação já esteja finalizada. Depois disso, em um ano e oito meses – prazo para a conclusão da obra – a Cidade voltará a ser uma só”, disse.

A previsão é de que a obra, orçada em R$ 44 milhões, seja concluída até 2012.

Primeiro, deverão ser construídos os 12 km de trilhos em torno da Cidade. O contorno também dará acesso ao ramal de quatro quilômetros construídos na unidade da Votorantim Celulose e Papel (VCP) para o escoamento da produção. Por enquanto, o escoamento da produção da VCP, iniciada em março deste ano, acontece em duas etapas. O material é transportado em caminhões até o Jupiá, onde a empresa construiu um terminal ferroviário.

Em seguida, os trilhos que hoje dividem a cidade deverão ser retirados, ou não.
“Todas as passagens de nível serão abertas, agora a retirada dos trilhos antigos não é exatamente necessária. Poderemos, por exemplo, jogar a pavimentação por cima dos trilhos”, explicou Simone.

Para a prefeita, embora seja uma obra de infra-estrutura, a obra deverá ter um impacto social grande na Cidade. O fim da “divisão” existente, deverá trazer desenvolvimento ao “ao lado de lá” da linha.

“Agora, o que será feito com o espaço onde funciona hoje a estação ferroviária e também às margens do trilho, ficará a cargo do novo prefeito, já que não estarei mais à frente da administração”, explicou. A previsão, segundo ela, independe do lançamento da candidatura ao Senado: em 2012 vence o segundo mandato de Simone.

No entanto, para ela, a área deveria sediar o prédio próprio da Prefeitura – hoje alugado. “É uma área muito grande, que, para mim, deveria ser como uma sede administrativa e acomodar o prédio da Prefeitura, unidades policiais como Corpo de Bombeiros, Polícia Civil, Polícia Militar, quem sabe até uma unidade mista, e também áreas de lazer à população, com parques e bosques”, disse.

A prefeita antecipou que, até o momento, a Polícia Federal já solicitou uma área após a retirada dos trilhos.

A obra também foi inserida no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Dos R$ 44 milhões, R$ 39,5 milhões serão repassados pelo governo Federal e o restante será contrapartida do governo estadual.

PONTE

Embora com uma diferença de prazo considerável, a obra de construção da ponte rodoviária do rio Paraná, ligando Três Lagoas a Castilho (SP), também sairá no mesmo período que a do contorno ferroviário. A obra era para ter sido lançada há cinco anos, no entanto, por conta da defasagem do projeto inicial, ligado ao desinteresse da empresa até então vencedora da licitação, Camargo Corrêa, todo o processo de licitação deverá ser refeito.

De acordo com o senador Valter Pereira (PMDB), a previsão é que, até o fim deste ano, obra esteja novamente licitada. “Por conta da demora para iniciar a obra, o projeto ficou defasado, houve uma necessidade de reformulação, tanto do projeto, quanto dos preços, que aumentaram neste período e, além disso, problemas com o Tribunal de Contas, fizeram com que a Camargo Correa perdesse o interesse em dar andamento ao projeto. Mas o que importa é que o recurso está garantido”, disse.

Pereira explicou que a obra também foi inserida no PAC, o que, além de garantir o recurso – estimado em torno de R$ 100 milhões -, faz com que a ponte se torne uma das prioridades do governo Federal. “Também conseguimos que o projeto fosse incluído na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do governo Federal”, completou o parlamentar.

A previsão do senador é que até o final de outubro e começo de novembro, seja divulgado o nome da nova empresa vencedora da licitação. A obra também possui o prazo de dois anos, após a assinatura da ordem de serviço, para ser concluída.