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Três Lagoas

Projeto "Meu Pincel Mágico" necessita de melhor estrutura

"Meu Pincel Mágico? é um projeto que oportuniza o acesso à arte as crianças carentes

“Meu Pincel Mágico” é um projeto que oportuniza o acesso à arte as crianças carentes e com alguma deficiência. Desde julho de 2004, trabalha na disseminação da cultura e sobrevive de doações da comunidade e realização de eventos beneficentes. Em 2005, segundo a coordenadora Nilva Barrozo, o Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (CMDCA) prometeu a verba que seria utilizada na cobertura do espaço, mas desde então nada foi oficializado. “Levei todos os documentos ao CMDCA. Eles me garantiram que a verba sairia. Foi então que me preocupei em conseguir recursos para a compra de materiais. Em dezembro cobrei a liberação, mas eles me informaram apenas que o dinheiro não viria mais, pois eles não poderiam beneficiar a Casa da Cultura”.
Segundo a atual presidente do CMDCA, Nilce Figueiredo, o Conselho não pode fazer a doação de um bem para a Casa da Cultura, mesmo que ele beneficie as crianças. “É uma estrutura que caso o projeto pare, fica para a Casa, por isso não podemos fazer a doação”.
Nilva explica que, como achou que o projeto estivesse garantido, se preocupou em correr atrás dos materiais para o andamento do curso. “Mandei o projeto, e ele foi aprovado no valor de R$ 63 mil pela Lei Rouanet. Fiquei tranquila sabendo que seria liberado o dinheiro para a compra de materiais, e também por ter a cobertura garantida. Agora estou com a verba para dar o curso, mas não tenho lugar. O piso está todo pronto, só falta a cobertura”.
Atualmente a Casa da Cultura comporta confortavelmente 17 alunos, mas segunda a coordenadora, o projeto terá que abrigar 25 crianças em cada período. “Durante cinco anos sai pedindo para a sociedade colaboração. Esse projeto é inovador, além de pintar eles terão aulas sobre artes, vão ganhar uniformes, lanche e além de tudo, terão as telas expostas por todo Brasil. Dez por cento do que for produzido estará espalhado em todas as bibliotecas nacionais. Vamos trabalhar com o dobro de alunos e vamos atender alunos com necessidades especiais e carentes”.
O projeto recebeu mesas e cadeiras para as aulas de desenho, mas não terá como utilizar. “Não temos espaço para colocar os cavaletes”, lamenta a artista plástica.

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